“Não obstante ser um acérrimo defensor do SNS, o que sempre manteremos, não podíamos virar as costas a quem quer investir na Covilhã, criando postos de trabalho”. Foi assim que o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, justificou o apoio dado pela autarquia ao surgimento, em 2027, de um hospital privado, um investimento de 35 milhões protagonizado pela CUF, que foi apresentado na passada segunda-feira, 30, na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI.
O autarca covilhanense acredita que esta é “uma conquista importante” numa área, a saúde, que vive um “período desafiador” e reconhece que a autarquia foi “um agente facilitador” do empreendimento na cidade, num terreno junto ao Complexo Desportivo, que é pertença do município. No entanto, Vítor Pereira apelou várias vezes à colaboração do novo parceiro privado com o setor público hospitalar. “Que seja operador de mais sinergias e que ajude a reforçar a oferta existente, pela atração de mais profissionais” desejou o autarca. Que acredita que a CUF ajudará a “robustecer o cluster da saúde” existente na Covilhã, constituído não só pelo CHUCB, mas também pela Faculdade de Ciências da Saúde da UBI e UBIMedical. “Os promotores já revelaram a vontade de colaborar. A Covilhã cidade da saúde ajudará a atrair mais médicos, mais enfermeiros e mais gente ligada ao setor” acredita o edil covilhanense.
Há já 15 mil covilhanenses que recorrem à CUF
Segundo a CUF, o hospital tem data prevista de abertura em 2027, e criará 200 postos de trabalho. A quarta unidade de saúde do grupo na região centro (que se junta a Coimbra, Viseu e Leiria) ocupará uma área de oito mil metros quadrados, em três pisos, terá uma oferta abrangente de especialidades médicas e técnicas, terá 34 gabinetes de consultas e meios complementares de diagnóstico, imagiologia de última geração, exames de diversas especialidades, 27 camas de internamento, incluindo uma Unidade de Cuidados Intermédios, dois blocos operatórios, urgências e 220 lugares de estacionamento. Segundo Paula Brito Silva, administradora da CUF, terá como público-alvo cerca de 280 mil pessoas, em especial nos distritos de Castelo Branco e Guarda, e poderá trazer à cidade alguma mais-valia médica que não exista. “Em cada região em que nos fixamos, tentamos aportar algo que faça falta” frisa, dando como exemplo Viseu, em que a CUF apostou na área da oncologia.
(Notícia completa na edição papel/PDF do NC)