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Novo modelo da Feira Medieval de Belmonte veio para ficar e melhorar

Feira atraiu milhares de pessoas. Há quem diga que menos que em anos anteriores. Mas sendo o primeiro ano de entrada paga, autarquia diz que expectativas até foram superadas

Um modelo a repetir, mas que tem que ser melhorado. Pelo menos é essa a convicção do vice-presidente da Câmara de Belmonte, Paulo Borralhinho, sobre a feira medieval, que decorreu durante três dias na vila (entre sexta-feira e domingo) e, pela primeira vez, em quase duas dezenas de edições (esta foi a 19ª), com entradas pagas.

“Será um modelo para melhorar. Será para se manter fechada. Acho que este modelo funciona. Tem é que ser reformulado. O controlo de entradas conseguiu-se fazer, embora às vezes com pouca fluidez nalguns momentos, quando há mais gente. Temos que criar uma dinâmica diferente, para o ano, para evitar estas concentrações junto à feira. Mas são arestas a limar” frisa Paulo Borralhinho, que antes do certame se mostrava convicto que a cobrança de bilhetes não iria afastar pessoas. Recorde-se que o bilhete geral, para os três dias, custava cinco euros, e o ingresso diário, dois, preços que o autarca considerava simbólicos.

Houve quem achasse que, na sexta-feira, 9, houve menos gente. Mas também comerciantes que asseguraram ao NC que foi o dia de abertura em que, nos últimos anos, fizeram mais negócio. Sobretudo nos comes e bebes. Paulo Borralhinho admite que sexta não foi um dia tão forte, mas “também já esperávamos que o dia mais forte fosse sábado, que é o normal. Mas mesmo tendo em conta a nossa expectativa para o primeiro dia, foi superada largamente” garante. Segundo Borralhinho, excluindo as pulseiras gerais para os três dias, na sexta venderam-se cerca de quatro mil pulseiras diárias, e no sábado, mais de cinco mil.

O autarca garante que os expositores lhe disseram ter ficado agradados, com a afluência e vendas, que “superaram as expectativas” afirma.

Entre público e comerciantes, houve, como é habitual, opiniões contrárias, com gente a criticar o pagamento de ingressos numa feira que pouco apresentava de novo. “Os espectáculos e as actividades, é tudo igual há anos. É vira o disco e toca o mesmo” salientavam. Já outros lembravam a experiência em outros certames do género. “Em todas as feiras que fui, paga-se entrada” garantiam.  Entre feirantes, houve quem se queixasse da falta de animação nalgumas zonas e quem defendesse que, sendo a pagar, toda a feira o fosse, não se deixando (como este ano) nenhuma rua de acesso gratuito.

Em termos de espectáculos, as danças, os torneios a cavalo, as performances com fogo, os concertos, o assalto ao castelo e o teatro comunitário voltaram a fazer parte da “ementa”, onde a grande novidade acabou por ser um dj (Gaiteiro), na noite de sábado, junto ao castelo, algo que nem todos viram com bons olhos. Quem marcou também presença foi um saltimbanco que, num espectáculo de improviso, arrancou gargalhadas a todos. “Vim aqui pela primeira vez, em 2004. E gostei logo muito, mesmo da própria vila. Este castelo dá uma energia espectacular. Adoro, e estou contente por voltar” afirmava Pedro Charneca, 48 anos, o Saltimbanco da Charneca, satisfeito pela moldura humana que teve nas suas actuações. “Há outros locais em que não tenho tanto. Belmonte tem todas as condições para crescer ainda mais, embora já tenha vindo a fazê-lo” assegura.

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