É um dado certo e irrefutável: no próximo domingo, 12, a Covilhã vai escolher um inédito e novo presidente de Câmara, uma vez que quem liderou os destinos da cidade nos últimos 12 anos, Vítor Pereira (candidato em Belmonte), face à lei, não se pode recandidatar, e a estas eleições não se apresenta nenhum ex-autarca serrano.
São seis as candidaturas à liderança da autarquia. Pelo PS, Hélio Fazendeiro, 47 anos, engenheiro, e que neste mandato foi o chefe de gabinete de Vítor Pereira. “Apresento-me a estas eleições com a ambição de vencer e renovar o pacto de confiança com os covilhanenses” garante o candidato. Jorge Simões, 64 anos, engenheiro, que esteve como vereador no executivo, pretende “vencer com maioria estável para executar o programa e os compromissos assumidos com o concelho, desde o primeiro dia. Governo é serviço, metas, prazos e resultados”, assegura. Carlos Martins, 63 anos, consultor, e que nos últimos quatro anos liderou a União de Freguesias de Covilhã/Canhoso, é candidato pelo movimento independente “Pelas Pessoas”, garante que “somos candidatos a ganhar”. A CDU aposta de novo no sociólogo Jorge Fael, 55 anos, que acredita que o melhor resultado para a população “é que a CDU possa ser reforçada, para defesa do poder local. Que deve defender as populações e resolver os seus problemas. Vamos trabalhar para obter o melhor resultado.” Eduardo Cavaco, 56 anos, docente na UBI, e presidente da Banda da Covilhã, é o rosto da coligação CDS/IL, diz que o objetivo “é ganhar a Câmara. É com esse sentimento que concorro. Acho que reúno todas as mais-valias”. Quanto a Luciana Leitão, 49 anos, agente imobiliária, e candidata do Chega, garante que não olhou para trás quando foi convidada a liderar a lista à Câmara, e pretende atender “às necessidades atuais” que a Covilhã sente.
PS perdeu votos, mas manteve maioria há quatro anos
Há quatro anos, Vítor Pereira, pelo PS, manteve a maioria no executivo, mesmo tendo perdido cerca de 1500 votos e um vereador. Os socialistas “meteram” quatro elementos no executivo, contra os três da coligação PSD/CDS/IL, que teve menos 4905 votos que o PS. A CDU, com Jorge Fael, aumentou de 6% (1799 votos) para quase 10% (2516) a sua votação para a Câmara, ficando a pouco mais de 100 votos de eleger um vereador.
Freguesias dominadas por socialistas
Há quatro anos, foram sete os novos presidentes de junta eleitos no concelho, nas localidades do Ferro, Orjais, Peraboa, São Jorge da Beira, Barco, Verdelhos e Teixoso/Sarzedo. À exceção desta última, onde por motivos de doença António Carriço abdicou da recandidatura, sendo substituído por Joana Sardinha, todos os autarcas se recandidatam ao cargo nestas eleições.
Em 2021, o PS dominou as freguesias, elegendo dez autarcas, e apoiando ainda mais três independentes. A coligação “Juntos Fazemos Melhor”, PSD/CDS, ganhou uma, e mais duas que apoiou, e a CDU manteve a Boidobra. Houve três presidentes de junta eleitos em listas independentes, sem apoios partidários.
No que toca à percentagem de votantes, São Jorge da Beira (74,45 por cento) foi quem registou o número mais alto. Seguiu-se Dominguiso e Unhais da Serra. Em sentido inverso, a agora desfeita União de Freguesias de Casegas/Ourondo, onde só 31,51 por cento dos inscritos nos cadernos eleitorais foi votar.
De referir que este ano existem cinco freguesias com apenas um candidato: Cortes do Meio (o atual autarca Jorge Viegas), Casegas (Gil Carvalheiro), Coutada (Jaime Rodrigues), Orjais (o atual autarca Sérgio Rodrigues) e Peso (Bruno Redondo).