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Novos investimentos: realidade ou promessas?

Grupos municipais debateram investimentos que estão anunciados para a cidade. PSD, CDS e PCP duvidam do que está prometido. PS garante que estes são sinal de que a Covilhã está em desenvolvimento

A oposição na Assembleia Municipal da Covilhã criticou, na última reunião do órgão, os anúncios de investimentos privados e falta de medidas municipais para a captação de investimento.

Vanda Ferreira do PSD, sublinha que “os covilhanenses são inteligentes e sabem que investimento anunciado pelo executivo socialista não é, nem será garantia de investimento realizado”, criticando os anúncios de investimentos privados na cidade.  Entre elas a “construção de uma residência sénior, a requalificação da Garagem de S. João, a construção de um hospital da CUF, a requalificação da torre de Santo António”. Segundo Vanda Ferreira, são investimentos anunciados entre finais de 2022 e 2023 e que ainda “não passaram de simples anúncios”.

A deputada elencou ainda várias questões que, no seu entender, “são autênticos entraves para a captação de investimento”. “Em que ponto está o nosso PDM (Plano Diretor Municipal)? Como está a questão do alargamento do Parque Industrial do Tortosendo, fundamental para o desenvolvimento do município? Onde está o dossier do investidor, documento imprescindível para que todos os que pretendem investir?”, enumerou.  “A área do investimento no concelho também não é um ponto forte deste executivo”, concluiu.

Vítor Reis Silva, do grupo municipal do PCP, vinca que “a iniciativa é, de facto, de particulares que descobriram que é um bom negócio construir residências ou lares de estudantes na Covilhã por ausência de investimento público”.  O eleito do PCP sublinhou também a necessidade de políticas municipais que podem ser “facilitadoras de investimento e da atração”, dando como exemplo a atualização do PDM que considerou estar ainda na “primeira geração”. Referiu também os parques industriais como outra forma de atração, “através da oferta de espaços infraestruturados” para a instalação de empresas.

Pelo CDS, António de Freitas frisou que o título do debate “não se deveria chamar ‘politicas de atração de investimento’, mas a falta delas por parte do município”.  “O investimento privado deve-se mais aos que trabalham diariamente nas empresas e no comércio assim como aos investidores privados que apresentam propostas, e não a uma intervenção direta do município para a captação desse investimento”, afirmou.  O eleito do CDS questionou se “os diamantes sintéticos são mesmo uma realidade ou continuamos na senda das falsas promessas e da campanha que pelos vistos já começou?”.

Contudo, o deputado disse que o CDS/PP “não se fica pela critica”, lançando um “repto” ao executivo, para que “se comprometa a acompanhar o investimento privado em apenas 10% dos valores que anuncia em infraestruturas e serviços às empresas e aos cidadãos”.

Hélio Fazendeiro, do PS, agradeceu ao PSD pela proposta do tema que “dá para entender e compreender a quantidade de investimentos que têm acontecido na Covilhã”.  Segundo ele, “de acordo com a oposição ao executivo municipal, dizem que a Covilhã está parada, não se desenvolve, regrediu” considerando ser “um atestado de inconsciência aos investidores, porque todos eles, com uma Covilhã a regredir, resolvem arriscar o seu dinheiro para apostar numa cidade que está, segundo a oposição a definhar”.

O eleito da bacada socialista apresentou ainda números que, segundo Hélio Fazendeiro, refutam a opinião da oposição.  De acordo com o líder do grupo municipal do PS, “pela primeira vez desde 2018 até agora, a Covilhã conseguiu inverter o saldo migratório. Estamos hoje a conseguir atrair mais pessoas para o território do que aquelas que perdemos”.  “Na proteção social, a prestação do desemprego em 2013 eram 1443 os beneficiários do subsídio de desemprego e em 2022, 459”, revelou.

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