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O lixo que fica na Serra depois da Volta

João Alves

Centenas de braçadeiras de plástico no chão, garrafas, máscaras e até testes rápidos à covid-19. Foi tudo isto que, na passada semana, Pedro Daniel, um amante da natureza, natural e residente em Seia, apanhou em diversos locais da Serra da Estrela, depois da passagem do pelotão da 82ª Volta a Portugal, no passado dia 7, numa etapa ganha então pelo espanhol do Tavira, Alejandro Marque, no alto da Torre.

A principal prova velocipédica nacional prosseguiu para outras paragens, mas no Maciço Central ficaram marcas da passagem da caravana que, segundo Pedro, não deveriam ter ficado. “Há pessoas que já cá vieram e me disseram que passam de carro e não conseguem ver nada no chão. Assim, à primeira vista, até pode nem se ver. Mas se deixarem o automóvel e andarem a pé conseguem logo encontrar. Eu, num bocadinho, apanhei logo cerca de 40 braçadeiras. É como se costuma dizer: grão a grão, enche a galinha o papo. Ou seja, se se juntar, acaba por ser muito lixo” garante.

Uma situação que, segundo Pedro Daniel, “é recorrente”, sempre que a prova passa pelas estradas serranas, e que fez questão de denunciar publicamente na página que gere na rede social Facebook intitulada “A Serra da Estrela”. Por lá, Pedro mostrou, com fotos, as centenas ou milhares de braçadeiras, que servem para apertar lonas publicitárias, deixadas no chão. Mas também garrafas de água de plástico, máscaras cirúrgicas usadas em tempos de pandemia, ou até testes rápidos à covid-19 abandonados em alguns locais.

Após a primeira denúncia, a organização do evento fez saber que iria proceder à limpeza do local, mas no final da passada semana, a página “A Serra da Estrela” voltou à carga. “A vontade era dar o assunto como encerrado, mas infelizmente continua lixo na zona da torre. Local onde terminou a prova rainha da volta a Portugal em bicicleta. Para uns, braçadeiras, para outros abraçadeiras. Não interessa muito porque é lixo. Basta” podia ler-se.

Ao NC, Pedro revela que houve uma intervenção no local, após a primeira denúncia, mas minimalista. “Esta limpeza não foi tratada com devia. Houve alguma, mas insuficiente. Nada invalida a realização da Volta, mas depois de passarem, só tinham era que deixar o local como o encontraram. E isso não aconteceu. Foi como que tapar o sol com a peneira com a limpeza que fizeram” frisa.

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