O que o seduz neste tipo de ciclismo?
Desde pequeno que sempre fui apaixonado por bicicletas e por aventuras. Ia para a serra fazer saltos, passava o dia a andar pela aldeia. A nossa diversão era essa. Depois, com o passar do tempo, fui crescendo e juntei-me a uns amigos. No BTT comecei em 2020, e um ano depois já obtive bons resultados. Foi uma evolução rápida de que muito me orgulho.
BTT ou Downhill, quais as diferenças, e em qual se sente melhor?
O BTT tem várias vertentes, mas sinto-me muito bem na vertente do Enduro. Para quem não sabe, o Downhill consiste numa pista com curvas, obstáculos, pedras, troncos e trilhos. No Enduro as pistas são mais rápidas e as descidas acentuadas. As duas modalidades completam-se. E o objectivo é igual, ser o mais rápido.
E o ciclismo de estrada não o atrai?
Sim, porque a estrada é a base de tudo para um ciclista. É na estrada que
fazemos a maior parte do trabalho, tal como as séries e os sprints. E podemos
também apreciar as paisagens e treinar com os amigos dessa modalidade.
O Afonso já tem umas boas vitorias, e não só regionais.
Em 2023 fui vice-campeão nacional de Enduro, na categoria sub23 e vice-campeão da Taça de Portugal. O meu objetivo é ser campeão nacional. É algo muito importante pra mim. Sei que estou perto de o conseguir. É preciso continuar a acreditar
Pode ser profissional, ganhar dinheiro em Portugal?
Em Portugal é bastante difícil, não há apoios. Mas lá fora essas vertentes são vistas como o futebol em Portugal, dando como exemplo do interesse que existe.