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O preço que custa ter um filho a estudar fora de casa

Alojamento é uma das principais dificuldades dos alunos que chegam à Covilhã. Preço médio de um quarto varia entre os 180 e 275 euros, mas há quem peça bem mais

É só fazer uma pesquisa na Internet, e nas redes sociais, e lá estão eles. Numa semana em que se iniciam as aulas na UBI, muitos dos quartos para estudantes já estarão ocupados, depois de nas últimas semanas ter havido, como é habitual, uma enorme procura, e uma oferta para todos os gostos. Ou desgostos. Face ao preço e qualidade. “Já vi algumas coisas. Boas e menos boas, a preços razoáveis, nuns casos, exorbitantes noutros. Ainda vou ver mais dois, e só fico com algum se me agradar” diz Conceição, que procura quarto para o filho, que vai estudar na Faculdade de Ciências da Saúde.

Nos últimos dias, já eram poucos os que, de telemóvel na mão, se encontravam pelas ruas da cidade, a ligar para números que lhes foram indicados, tendo havido um “boom” na procura imediatamente a seguir às colocações, no último fim-de-semana de agosto. Segundo dados atuais do Observatório do Alojamento Estudantil, no país, o preço médio de um quarto é de 397 euros, uma subida de 4,2 por cento face ao mês homólogo no ano passado. Lisboa tem, em média, os quartos mais caros (480 euros) e Guarda (160 euros) os mais baratos.

No distrito de Castelo Branco, em média, um quarto para estudante custa 200 euros, e o mais caro, 300. Mas na prática, em muitos casos, há quem pague até mais. Na Covilhã, segundo o mesmo organismo, que está integrado no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, em média um quarto custará cerca de 180 euros e o mais caro, na ordem dos 275. Mas nalguns casos, há ainda despesas com luz, água, gás e internet a acrescer. A oferta, contudo, “não chega” disse na passada semana o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, durante a inauguração de uma residência estudantil, de âmbito privado, onde um quarto (o mais básico), mas com cozinha, contas da luz, água e internet incluídas, com ginásio e piscina comum, pode custar desde 495 euros. Um empreendimento criado junto à Faculdade de Ciências da Saúde, de vários milhões de euros, com um total de 267 quartos dos quais, nessa altura, ainda havia disponíveis 15. Segundo o promotor, João Pedro Alegria, um “hotel de estudantes” com todas as comodidades que, contas feitas (face ao facto de ter todas as despesas incluídas e disporem de piscina, ginásio, jacuzzi, sala de cinema ou de jogos), acaba por não ser assim tão diferente em termos de custos.

Para o reitor da UBI, Mário Raposo, a aposta da instituição continua a ser a de dotar a mesma de ainda mais residências estudantis, mas o responsável admite que “é impensável” conseguir criar oferta pública para toda a gente.

Certo é que para os 1422 colocados na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, na UBI, esta é a semana de uma vida nova. A UBI preencheu 90 por cento das vagas nos 36 cursos de primeiro ciclo e mestrados integrados e pelo terceiro ano consecutivo registou mais de 1400 novos alunos. Em relação ao ano passado, a UBI tem colocados mais 18 alunos.

Dos 1422 novos estudantes colocados, 1143 escolheram a UBI como primeira opção. Da primeira fase restaram na instituição de ensino superior 171 vagas, embora esse número pudesse aumentar na segunda fase, dependendo dos alunos que se matriculassem. Os resultados são conhecidos no próximo domingo, 15.

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