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O “primeiro passo” para o mercado de trabalho

A UBI foi palco de uma feira que proporcionou aos jovens um contato direto com algumas empresas regionais e nacionais. Alunos consideraram iniciativa “interessante”, como potenciadora da chegada ao mercado de trabalho

“Nunca pensei que houvesse tanta empresa a pedir para a nossa área. Pensei que houvesse uma ou duas e afinal existem quatro, cinco, seis, dez e até tão perto”, afirma Jéssica Correia, 28 anos, estudante de Design Multimédia da Universidade da Beira Interior (UBI), enquanto percorre a Feira de Emprego, promovida pelo Gabinete de Empreendedorismo, Saídas Profissionais e Alumni (GESPA) daquela instituição de ensino e pela Associação Académica.

A Feira decorreu quinta e sexta-feira (16 e 17), e contou com a presença de várias empresas de diferentes setores que foram desde Tecnologias de Informação (TI) a confeções, passando por empresas do ramo de arquitetura, que tiveram oportunidade de apresentar aos jovens, e comunidade em geral, vagas de emprego e também oportunidades de estágio.

Segundo Edgar Nave, membro do GESPA, a iniciativa tem como objetivo “aproximar os alunos, recém-diplomados e também a comunidade em geral, a empresas que recrutam massivamente, algumas das principais referencias a nível regional e também nacional” e também a “preparação para a entrada no mercado de trabalho”, com palestras sobre empregabilidade, preparação de entrevistas de emprego, entre outras.

Inês Marques, aluna de primeiro ano do mestrado de Desing Moda, refere que é “importante” visitar este tipo de feira por ser “sempre um primeiro passo”. Apesar de estarem presentes duas empresas de confeção, a jovem considera que “nos outros cursos há muito mais oferta”.

“Ao falar com as pessoas, vai-se descobrindo afinal que têm mais background. Têm mais oportunidades do que aquelas que eles metem nos placards”, opina Jéssica Correia. Já Rafaela Lucas, 24 anos e também aluna de Design Multimédia, sublinha que “por trás do nome da empresa, que pensamos que é só de engenharia, há sempre outros suportes, além daquelas áreas. Há a parte do marketing, comunicação, entre outras”.

Estando a terminar a licenciatura em Ciências Biomédicas, Inês Faria, 20 anos, diz ser “interessante” a iniciativa. “Pelo facto de estar no terceiro ano. Temos que entrar no mercado de trabalho e então é uma oportunidade para percebermos o que nós queremos e por onde começar”, explica.

Mariana Silva, da Adecco, uma das empresas presente na Feira de Emprego, destaca que, atualmente, os jovens estão “à procura de vários tipos de oferta” e que “mudam com muita frequência de trabalho”. “[Mostram] alguma preocupação com estágios curriculares, pessoas que já estejam a finalizar e precisam de estágio para adquirir mais experiência” diz revelando que foram os estudantes de engenharia e de informática que mais passaram no stand “à procura dos primeiros trabalhos”.

“Não temos uma geração muito resiliente”

“Acho que, neste momento, é fácil arranjar emprego. Não temos, na minha opinião, uma geração muito resiliente. É muito fácil mudar de emprego, neste momento, à primeira dificuldade. No meu tempo não era assim. Tínhamos uma taxa de desemprego a rondar, diria, os 15%, era muito difícil arranjar trabalho”, frisa Edgar Nave, que considera que “neste momento, há mais oferta do que procura, sobretudo no que diz respeito à área das engenharias”.

Além de empresas que apresentam oportunidades de trabalho, também esteve presente a associação Beira Serra que tem um serviço que apoia a criação de negócios. “É bastante importante dar também essa possibilidade aos jovens, de terem alguém que os possa ajudar no desenvolvimento da ideia, criação do plano de negócio, estudo da viabilidade… os jovens muitas vezes sentem essa falta de apoio ou pensam que isso não existe”, afirma José Moita, gestor de projetos na Beira Serra.

“No meu caso ainda estou a ‘apalpar’ terreno. Ainda tenho mais um ano de estudo, então estou a tentar conhecer as empresas uma a uma, ver o que elas oferecem e não, quais as oportunidades que têm”, diz Jéssica Correia. A jovem considera também os programas de estágio de verão como uma “mais-valia”. “É uma boa oportunidade para até mais tarde entendermos se é mesmo para aquele ramo que queremos seguir”, acrescenta Rafaela Lucas.

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