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Olhar o têxtil para valorizar o território

Trienal de Design decorre entre março e junho de 2025 na Covilhã e terá “dimensão internacional”

Trabalhar a partir de e com o território, valorizar o que se faz no concelho e trazer artistas de referência, ter como meta o desenvolvimento sustentável e a inclusão e desenvolver iniciativas que deem frutos para projetos futuros são premissas da Trienal Internacional de Design da Covilhã, que se realiza entre março e junho de 2025, mas contempla ações a partir do ano anterior, para dar a conhecer na mostra.

A trienal foi apresentada dia 14, no Teatro Municipal, pela vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da Covilhã, em conjunto com a empresa responsável pela execução, e tem como tema a “Paisagem Têxtil”, com o foco no setor e recorrendo à história do concelho e ao “conceito de cidade-fábrica”.

“A trienal trará até nós mundos e levará a Covilhã longe”, acentuou a vereadora, segundo a qual a Trienal “é “o maior evento” do plano de ação da Covilhã Cidade Criativa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) na área do design, selo atribuído há dois anos.

De acordo com Regina Gouveia, as iniciativas não se vão concentrar num único espaço nem apenas na Covilhã.

A autarca salientou que se trata de um evento “com várias componentes” e não pretende “apenas exibir ou expor”, mas fazer com que “as ações se potenciem entre si”.

Durante a trienal estão previstas uma exposição internacional, conferências, exposições de contexto, residências artísticas, oficinas, uma componente científica e serão convidadas a estarem presentes as restantes cidades criativas mundiais na área do design.

O programa, a ser desenhado, contempla a presença de um designer convidado “reconhecido a nível internacional”, adiantou a vereadora com o pelouro da Cultura, que vincou ter “essa ambição”.

A principal premissa é “partir do território e trabalhar com o território”, mas Regina Gouveia destacou que o evento pretende ultrapassar fronteiras e áreas. “A trienal tem de ter uma dimensão internacional que vai extravasar muito além daquilo que somos como cidade criativa na área do design”, vincou a vereadora.

A autarca frisou que é também uma forma de valorizar fora de portas o que de criativo se faz no concelho. “Acreditamos que, trazendo designers de referência, projetos que têm que ver com este papel do design, podemos ajudar a melhorar a relação das pessoas com o seu território e até com os outros”, acrescentou Regina Gouveia.

Regina Gouveia destacou a importância de trazer à Covilhã “boas práticas”, também numa perspetiva de valorização do que já é feito. “Muitas vezes as pessoas despertam para algo que têm no lugar onde existem percebendo quão é valorizado algo semelhante nos mundos dos outros”, referiu.

De acordo com a vereadora, pretende-se com as iniciativas já desenvolvidas e com a trienal “posicionar a Covilhã como território criativo”.

“Quando se trazem designers para uma residência, não queremos apenas atingir objetivos específicos numa residência. Queremos desenvolver um ecossistema criativo, queremos motivar aqueles que estão cá a sentirem que a Covilhã é um território que valoriza a criatividade e onde podem desenvolver-se e evoluir como criativos”, enfatizou a vereadora.

Regina Gouveia sublinhou ainda o propósito de a trienal ter “um envolvimento alargado ao nível da comunidade”.

Para Ricardo Gil, que assumiu a direção da Trienal Internacional de Design da Covilhã, outro dos objetivos centrais passa por criar no concelho “uma cultura de design, para ter um efeito reprodutivo a prazo”.

A relação próxima entre a indústria têxtil, a matéria-prima e o território é outra dimensão a considerar, assim como “afirmar relações entre a criatividade e a arte” e envolver parceiros de todas as áreas.

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