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Oposição acusa município de não fiscalizar contrato de concessão

Em causa está a alegada cobrança indevida de bilhetes

A maioria na Câmara da Covilhã foi acusada, na Assembleia Municipal de segunda-feira, 19, de não fiscalizar o contrato de concessão dos transportes urbanos, depois de terem sido mencionadas situações em que é cobrado bilhete na cidade a portadores do passe normal de transportes interurbanos a quem vem das freguesias rurais e aos utentes com passe do regime dos antigos combatentes.

A bancadas do PCP na Assembleia Municipal apresentou uma moção a apelar ao município para que promova efetivamente essa articulação entre transportes urbanos e interurbanos e para que assegure que os antigos combatentes possam circular no concelho sem lhes serem cobrados valores adicionais, mas o documento foi chumbado, com 26 votos contra, seis a favor e oito abstenções, por a primeira situação já estar prevista no contrato de concessão com a MoviCovilhã e a intermediação da segunda não ser responsabilidade da autarquia, justificou Hélio Fazendeiro, do PS.

“Não podemos deixar de constatar, face às explicações que aqui foram prestadas, que isto resulta de uma evidência: é que a Câmara Municipal não fiscaliza o contrato de concessão, nem assegura que o mesmo seja aplicado”, apontou João Bernar

do, do CDS, que considerou importante “eliminar esta dupla interioridade que existe no concelho”.

Segundo Reis Silva, do PCP, o que se pretende é que se “corrijam injustiças que acontecem nas freguesias rurais”, sublinhou o eleito comunista, que fez referência que, além de serem cobrados bilhetes pela MoviCovilhã, os utentes das freguesias mais distantes da sede de concelho pagam cerca de 80 euros de passe mensal, quando esse valor é de 38 euros na área urbana.

Reis Silva alertou para as “situações discriminatórias”, com a agravante de estarem a ser cobrados bilhetes pela concessionária a quem chega à cidade a quem tem o passe interurbano.

“Temos de tratar as pessoas com equidade. Não tratar de forma diferente quem reside fora da cidade. Queremos apelar à câmara que não trate de forma diferente os cidadãos que residem no concelho”, acrescentou o eleito do PCP, depois de chumbada a moção, onde se apelava à autarquia para que “promova o passe intermodal de 38 euros”.

Hélio Fazendeiro, do PS, salientou que, dos dois aspetos abordados no documentos, um é da responsabilidade do município, e o que foi proposto “já está salvaguardado no contrato de concessão”, enquanto o relativo aos antigos combatentes “é da responsabilidade do Estado central”.

A presidente da Junta de Freguesia de Sobral de São Miguel, Sandra Ferreira, apelou para que situações como as que foram denunciadas lhe sejam reportadas quando acontecerem, por não lhe ter sido feita qualquer queixa pelos sobralenses.

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