As obras no Pavilhão do INATEL, que tinha abertura prevista para abril último, somam 41% de trabalhos a mais, num total de 172 mil euros em trabalhos complementares em relação ao valor da adjudicação da empreitada, alertou a coligação CDS/PSD/IL no final da reunião privada do executivo de dia 5.
Pedro Farromba considera que a maioria socialista não aumenta o valor base dos concursos o suficiente em relação aos preços do mercado, acaba por haver menos interessados e menos concorrência e depois os preços disparam com os trabalhos a mais e existem “estas surpresas” que o município tem de suportar.
O vereador da oposição disse que a empreitada “andava nos 300 mil euros e vai perto dos 500 mil”. Os eleitos da oposição salientaram que, num equipamento antigo, era previsível que trabalhos como tubagens ou sanitários tivessem de ser substituídos e fossem incluídos no caderno de encargos inicial.
O presidente, Vítor Pereira, respondeu que “depressa e bem não há quem” e que “o projeto teve de ser feito com a máxima celeridade” para poder ser efetuada a repartição de custos acordada com a Fundação INATEL, que não contempla os trabalhos complementares feitos.
Sobre a abertura do pavilhão, Vítor Pereira não se compromete com datas, mencionando que tanto pode estar pronto de “dois meses, um mês, 15 dias”.
Depois de ter ficado três vezes deserto, o concurso foi adjudicado no ano passado por 418 mil euros.
A Fundação INATEL assinou com a Câmara da Covilhã, em 2017, um memorando onde se comprometia a ceder as instalações por 30 anos e a autarquia a fazer as obras, com um custo de cem mil euros pagos por cada uma das partes.
O protocolo acabou por só ser aprovado pelo município em março de 2021, com a cedência prevista por 15 anos, renováveis automaticamente, e as obras, no valor de 200 mil euros, o valor global previsto na altura, seriam suportadas pelas duas instituições.