“Este preço é absolutamente razoável”. Foi esta a convicção deixada na passada sexta-feira, 22, pelo presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, na reunião pública do executivo, que aprovou por maioria o regulamento geral das zonas de estacionamento tarifado de duração limitada do município.

Pela oposição da coligação “Juntos, Fazemos Melhor” – CDS/PSD, o voto foi desfavorável. Pedro Farromba justificou com os preços que considera elevados face ao período que se vive, a subida de preços, de juros, e custos da inflação, que afetam a população. O vereador chegou mesmo a comparar os preços praticados na Covilhã com os que são aplicados na zona da Expo, em Lisboa.  Segundo Farromba, na Alameda dos Oceanos, no Parque das Nações, “uma das zonas mais caras do país” um período de quatro horas custa 3,20 euros, e na Covilhã, o mesmo tempo, 4,45 euros.

“Há aqui uma grande dose de injustiça e populismo” respondeu Vítor Pereira, com o vereador da maioria socialista, José Miguel Oliveira, a acusar Farromba de comparar a zona “mais cara” da Cidade Neve com a “mais barata” da capital.

O presidente da Câmara garantiu que os preços que vão ser praticados “são os mesmos” que havia no período pré-pandemia, ou seja, antes da nova concessão, apenas atualizados face aos valores da inflação. “Os nossos preços estão muito aquém do que se pratica noutras cidades. Eu gostava que ninguém tivesse que pagar nada, mas infelizmente a vida não é assim” acrescentou o autarca, que considera que o preço está dentro da média do país.

O autarca também aproveitou para comparar a Covilhã a Lisboa, no que diz respeito ao estacionamento tarifado, recordando que “no Parque das Nações, os moradores não têm o primeiro veículo gratuito, o segundo por 15 euros e o terceiro, por 30. Acho que não há. em mais nenhuma cidade, estacionamento gratuito para o primeiro veículo dos moradores” rematou Vítor Pereira.