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Oposição questiona fecho de estabelecimentos em Belmonte

António Cardoso Marques teme que se tenha deixado escapar “oportunidade de ouro” para redefinir estratégia turística do concelho, numa altura em que na vila, são cada vez mais os negócios a fecharem ou a trespasse

O líder do PSD na Assembleia Municipal de Belmonte, António Cardoso Marques, teme que se tenha “perdido uma oportunidade de ouro” para se reformular a estratégia de turismo no concelho, com o Plano de Recuperação Turística que a Câmara apresentou no mês passado, um dossier extenso que, contudo, segundo o mesmo, tem “muita medida genérica”, mas onde não se vislumbram “obras, coisas mais concretas”.

O documento, que já tinha sido apresentado ao executivo camarário, foi entregue aos deputados na última Assembleia Municipal, e mereceu reparos. António Cardoso Marques diz que a amostra de inquiridos que deu base ao estudo “não é representativa, nem tem sequer um intervalo de confiança” e que o mesmo deveria ter contado “previamente” com contributos da sociedade civil.

Telma Matos, do mesmo partido, questionou quais as prioridades “além do objetivo de requalificar museus”.

Já Ana Margarida Paiva, também do PSD, disse não perceber a demora de dois anos para apresentar um Plano que segue uma estratégia de turismo “que não tem sido a mais adequada”. A deputada disse ainda “algo de errado se passa” quando na vila há negócios a fecharem diariamente, ou a trespasse. “Como é possível Belmonte estar a regredir e não a crescer, depois de tantos anos a investir no turismo? Será este o plano da salvação” perguntou.  Sinais que também António Cardoso Marques detetou. “Temos assistido ao encerramento de estabelecimentos em Belmonte. É um sinal de dinamismo da economia do concelho ou de declínio? Ou não é sinal de nada? O que está a falhar? “perguntou.

Na resposta, o vice-presidente da Câmara, Paulo Borralhinho, admitiu que a autarquia “tem de melhorar os museus, que são o principal chamariz”, e que alguns necessitam mesmo um “refresh total”. No entanto, disse não relacionar diretamente o fecho de alguns comércios à dinâmica turística do concelho. “Preocupam sempre estes sinais, mas muitas vezes por detrás do encerramento de um estabelecimento comercial está sempre uma história. Há sempre mais do que aquilo que se vê” disse, lembrando, por exemplo, negócios que transitam de pais para filhos, que não lhes querem dar seguimento.

Recorde-se que o Plano de Revitalização Turística de Belmonte é um documento que tem como prazo temporal até 2027 e que, segundo o presidente da autarquia, António Dias Rocha, aborda, por exemplo, a possibilidade de ter mais camas no concelho, “o que nós também achamos uma necessidade. Prevê que os turistas fiquem aqui mais tempo do que têm estado. E há uma série de medidas que têm que ser tomadas para que isso aconteça. E prevê medidas de revitalização dos nossos museus, o acompanhamento dos turistas, um conjunto interessante de coisas que penso poderem ser muito úteis para o futuro do nosso concelho” afirma o autarca belmontense. Que lembra que o turismo “é uma das facetas mais importantes, senão mesmo a mais importante de momento”, uma área “a explorar” que se tornará numa “importante fonte de riqueza” para as populações. Um documento “aberto a discussão”, de modo a se encontrarem as “melhores maneiras de dar ao turismo a importância que tem” frisa o autarca.

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