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Orçamento aumenta para 69,4 milhões no Fundão

Verba sobe 20,4 milhões de euros

O município do Fundão vai ter, no próximo ano, um orçamento de 69,4 milhões de euros, mais 20,4 milhões do que este ano, e mais de metade da despesa vai ser feita em habitação. O documento foi aprovado com a abstenção dos dois vereadores socialistas, que afirmaram sentirem-se “confortáveis” com as áreas previstas de investimento.

Dos 34 milhões de euros previstos para despesas de investimento, cerca de metade, 17 milhões, são em habitação já contratada e o presidente, Paulo Fernandes, informou que esse montante pode aumentar.

O presidente do município referiu que a grande maioria dos investimentos ou tem taxa de apoio a 100% ou taxa de apoio de referência de 85% a fundo perdido, o que significa que dos 34 milhões globais, apenas cinco milhões representam capitais próprios. Desse valor, um milhão é para “continuar o esforço de requalificação da rede viária”.

“Há um investimento brutal na área da habitação, na área da saúde, da segurança, também da cultura e de atração de investimento”, sublinhou Paulo Fernandes.

Segundo o autarca, em 2025 está previsto que a maior concentração de recursos nas Grandes Opções do Plano, 48%, esteja “na área de desenvolvimento e equipamentos sociais”.

Paulo Fernandes anunciou que no próximo ano prevê que a dívida final esteja no índice 1,4, abaixo do limiar para não ter de recorrer “a programas como o FAM”, um cenário que admite poder vir a verificar-se até ao final do ano. “Deixamos de estar em desequilíbrio relativamente ao rácio entre as receitas e a nossa dívida total”, vincou o autarca do Fundão.

Para acompanhar o financiamento do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e do Plano de Recuperação e Resiliência o município tem uma conta caucionada de 2,5 milhões de euros a que o presidente admite ser necessário recorrer no próximo ano.

“Estamos perante um esforço de investimento enorme”, frisou Paulo Fernandes, que acrescentou que o Fundão nunca executou um valor tão elevado e manifestou preocupação com a concentração de obras na área da habitação face aos prazos a cumprir.

Além da habitação, o edil mencionou as “duas obras enormes”, de 3,5 milhões de euros, para a escola sede do Agrupamento Gardunha e Xisto, no Fundão, e a Escola Básica 2/3 de Silvares.

Para a Unidade de Saúde Familiar está previsto um milhão de euros e está também inscrita, para 2025, a renovação do posto da GNR da cidade, tal como a construção do Centro de Acolhimento de Empresas Tecnológicas e os 1,4 milhões de euros que transitam para a conclusão do Teatro-Cine, mais um milhão para equipar as instalações da sala. Há ainda verbas inscritas para a expansão da zona industrial, para apoio aos danos provocados pelos incêndios e para a construção do Regadio Gardunha Sul.

A vereadora do PS Joana Bento considerou que o documento apresentado “merece o acordo” dos dois vereadores socialistas e acrescentou que “a estratégia e as grandes opções de investimento são adequadas e respondem às necessidades”.

Paulo Fernandes anunciou um reforço do financiamento para as juntas de freguesia e Joana Bento enfatizou que espera que os presidentes não tenham de andar “a mendigar e não haja com eles um jogo de pedir e de limitar a sua ação”.

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