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Orçamento da União de Freguesias de Teixoso/Sarzedo para 2023 aprovado

RUI F.L. Delgado*

A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo aprovou ontem, quarta-feira, 28, por maioria, o orçamento da autarquia para 2023, com quatro votos a favor da bancada do PS e mais um do eleito pelo “Teixoso em Mudança”, José Valério, e quatro abstenções.

Numa sessão iniciada já passava das 21 horas, e que durou para lá da uma da manhã, pouco público compareceu no Salão Paroquial, onde logo no início foi distribuída informação detalhada, em 14 páginas, sobre o que foi feito, e o que está programado para o novo ano de 2023.

O tema do Orçamento para 2023 foi dos mais discutidos e tratados. Prevendo-se uma inflação para o País de quatro por cento, a Junta do Teixoso vai trabalhar numa base de seis por cento para as despesas e receitas. O orçamento de despesa cifra-se nos 807.800,32 euros, sendo o de despesa corrente, 613.977, 55 euros (76%). A aquisição de bens e serviços cifra-se nos 208.242,82 euros (25,8%).

No mapa resumo das receitas e despesas ficou assim delineado: Receita corrente, 646.556,33 (80,0%); despesa corrente: 613.977,55 (76%); saldo de 32.578,78 (4%); receita de capital: 161.243,99 (20%); Despesa de capital, 193.822,77 (24%); Saldo: –32.578,78 (-4%).

António Carriço salientou e frisou ainda, que vai ser aberto um concurso para a entrada de mais seis trabalhadores para a Junta de Freguesia.

Depois avançou para novos grandes eventos culturais a ter lugar em 2023 e que são apostas do executivo: Marchas populares, mega marcha envolvendo as associações e o regresso dos famosos Quadros Vivos (parados há largos anos). Também o Sarzedo e as anexas da vila vão ser alvo de atenção em várias vertentes por parte da Junta de Freguesia.

Além do orçamento, também, o mapa do pessoal foi aprovado por unanimidade.

Os dois pontos seguintes, referentes a taxas e licenças, assim como a proposta de Regulamento do ATL, foram retirados da lista de aprovação para rectificação de alguns pormenores, visto que, segundo a presidente da Assembleia, Mónica Ramôa, “eram inconstitucionais”.

Voto de louvor para o atleta Hugo Alves

No início da reunião, Laurinda Fonseca, do PS, chamou a atenção sobre a Estrada Municipal 501, que liga Teixoso, Sarzedo e Verdelhos. O perigo que oferece e que foi agravado com o grande incêndio de 16 de Agosto. Já Carlos Maricoto salientou o Mega Magusto realizado a 12 de Novembro, que teve a participação das associações e que reuniu elevado número de teixosenses e residentes.

Hugo Bernardo, também do PS, chamou a atenção para a qualidade e o esforço que o atleta teixosense Hugo Alves tem evidenciado não só em Portugal como até no estrangeiro. Pedindo para isso que fosse votado um voto de louvor a esse respeito. O mesmo foi aprovado por unanimidade.

A presidente da Assembleia de Freguesia. Mónica Ramôa, não esqueceu, na sua intervenção, a actualidade nacional, nomeadamente a inflação, e lembrou o trabalho feito em prol da desagregação do Sarzedo. “Reunia todas as outras condições, mas esbarrou no fraco número de eleitores, apenas 88.” E prosseguiu: “entrou um projecto de lei do Partido Comunista na Assembleia da República para tentar alterar essa alínea.”

A intervenção de António Carriço, presidente da Junta, baseou-se grande parte na informação distribuída no início da Assembleia, juntando também vários agradecimentos: trabalhadores da Junta, José Moita, Nuno Pinheiro, António Sousa, Dr. António Coelho entre outros.

Prejuízos do incêndio na freguesia ascendem a dois milhões de euros

Várias perguntas foram feitas, entre elas sobre a Estrada Municipal 501, passadeiras, a ADERES e a RUDE.

Paulo Silvino, do “Teixoso em Mudança”, questionou o presidente sobre vários aspectos. Um deles sobre as verbas, 3,6 milhões de euros, que o Ministério da Coesão, vai atribuir às vítimas dos incêndios. “Não temos direito a nada?” perguntou. Já José Valério, da mesma coligação, salientou que a rua a que se referem “é do Teixoso e não do Canhoso”. E prosseguiu: “o alcatrão parou aí devido às condições do tempo”.

António Carriço, tomou a palavra para responder que “a estimativa dos estragos dos incêndios de 16 de Agosto na União de Freguesias Teixoso Sarzedo é de dois milhões de euros. E prosseguiu: “Em Fevereiro irá deslocar-se uma equipa de técnicos à Atalaia e Sarzedo para se inteirarem dos prejuízos. É uma intervenção bastante elevada”.

Paulo Silvino falou ainda sobre as passadeiras na Nacional 18 e disse que com “o perigo que elas representam e vítimas que já aconteceram, não faz sentido que estejam apenas incluídas no plano para 2024”. “Também foi preciso morrer uma pessoa para se ligarem os semáforos na Senhora do Carmo” acusou Silvino. “Paulo, tenha calma, nós estamos a trabalhar. E se só vai para o plano de 2024 ainda é devido a muita insistência nossa” afirmou Carriço.

O tema dos transportes motivou ainda outras preocupações, como os horários dos autocarros, abrigos de passageiros, circuitos e deficiência das viaturas que operam nessa área.

*Correspondente do NC no Teixoso

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