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Orfeão quer ultrapassar “situação caótica de tesouraria” e oferecer novas valências

A criação do ensino integrado é um dos objectivos da nova direcção, que encontrou uma dívida que pode ser o triplo do previsto e espera dentro de quatro anos conseguir o saneamento financeiro

A nova direcção do Orfeão da Covilhã, liderada por Pedro Guedes de Carvalho, encontrou uma “situação caótica de tesouraria” e pretende em três ou quatro anos atingir a sustentabilidade, para chegar ao centenário da instituição, em 2026, com outro dinamismo e novas ofertas educativas. Actualmente com 83 sócios pagantes e cerca de 400 listados, o presidente espera chegar aos mil associados.

O Conservatório de Música, valência do Orfeão, vai manter a oferta formativa, do pré-escolar ao segundo ciclo, e ambiciona no futuro ter ensino integrado, para que os alunos do ensino articulado possam frequentar na instituição as aulas artísticas e as restantes, com o apoio do Estado. As mensalidades mantêm o valor e o corpo docente não sofre alterações.

Rejuvenescer e voltar a projectar o coro do Orfeão, assim como criar sinergias com múltiplas entidades onde se ensina música, estão no horizonte da nova direcção, em funções desde este mês.

Para já, a grande prioridade é aumentar as receitas, idealmente através da captação de mais alunos, sem mexer nos recursos humanos, cerca de 40 pessoas, que representam 60% da despesa mensal da instituição, o equivalente a 60 mil euros.

Dívida de 220 mil euros

Na última apresentação de contas a dívida rondava os 40 mil euros. Pedro Guedes de Carvalho contava encontrar um défice de cerca de cem mil euros, mas até ao momento estão apurados à volta de 220 mil euros de dívida e esse valor pode chegar aos 300 mil euros, antevê o sucessor de Barata Gomes, que liderou o Orfeão quase vinte anos, à frente de uma comissão administrativa, refere o novo presidente.

“Encontrei uma situação caótica de tesouraria”, realça Pedro Guedes de Carvalho, 68 anos, professor aposentado da Universidade da Beira Interior, onde lecionou Economia e presidiu à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

A estratégia passa por “renegociar os empréstimos por mais anos”, para diluir por um maior período as prestações, de forma a que se consigam pagar com as receitas.

Pedro Guedes de Carvalho garante que as contas com que se depararam não vão impedir a equipa de concretizar o seu projecto, mas vai atrasar em cerca de ano e meio o saneamento financeiro necessário, embora realce ser um objectivo que depende “da conjuntura” e não apenas da direcção.

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