“Os das latas de conserva” abre Festival de Teatro da Covilhã

Há sete espetáculos, até dia 22, em nove sessões, cinco delas dedicadas ao público escolar

Arranca hoje, quinta-feira, 13, pelas 21:30, no Teatro Municipal da Covilhã (TMC) a 43ª edição do Festival de Teatro da Covilhã, promovido pelo Teatro das Beiras, até 22 de novembro. O “arranque” é dado pela Companhia de Teatro de Braga que apresenta a peça “Os das latas de conserva”, de Edward Bond, com encenação de Rui Madeira. Uma obra que traz a esperança “de nos ajudar a descobrir em que lugar estamos”.

O Festival, orçado em cerca de 40 mil euros, à semelhança do ano anterior, contempla sete peças, quatro para o público em geral e três destinadas ao público escolar (em cinco sessões diferentes), tendo como “quartel general” o auditório Fernando Landeira, do Teatro das Beiras, onde à exceção da peça de abertura, decorrem todos os outros espetáculos.

Na sexta-feira, 14, a primeira peça para público escolar, um dos “alvos” da companhia para cativar novos públicos. Às 14h30, o Karlik danza teatro apresenta “Y fuimos héroes”, de Maribel Carrasco, com encenação de Cristina D. Silveira, que conta uma história onde o poder da infância e o poder da maturidade se evocam e se complementam mutuamente.

No sábado, 15, às 21:30, a Escola de Mulheres apresenta “A loucura é o mais credível oráculo”, com texto de Cláudia R. Sampaio, encenação de Marta Lapa, interpretação e cocriação de Margarida Cardeal e Vitor Alves da Silva. Um dia em que, pelas 21 horas, a companhia covilhanense inaugura a exposição “Gil Salgueiro Nave, o percurso no Teatro das Beiras”, de homenagem a esta ator, encenador e músico, nascido em Belmonte, há 70 anos, que participou em dezenas de produções do Teatro das Beiras.

Já nos dias 18 e 19, mais dois dias dedicados aos mais novos, com os espetáculos “1 Planeta & 4 Mãos”, pela Companhia Certa da Varazim Teatro, que traz “um conto cheio de apelo aos sentidos”, onde as crianças são envolvidas na grande aventura de salvar o planeta, (dia 18 às 11h e às 14h30), e “Sermão de Santo António aos peixes… e aos outros pela divina graça do Teatro”, pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, onde Alexandre Honrado escreve a partir de Padre António Vieira, abordando os temas da corrupção e do abuso de poder (dia 19, às 11h e às 14h30). O Teatro das Beiras estima que, em cinco sessões dedicadas às escolas (do jardim-de-infância ao ensino secundário) cerca de 450 crianças e jovens passem pelo seu auditório.  “É a aposta que fazemos para que os mais novos possam assistir a espetáculos de teatro” explica Celina Gonçalves, do Teatro das Beiras.

Fernando Sena, diretor artístico da companhia, lembra que em tenra idade é mais fácil trazer gente ao teatro, mas com o passar da idade, sem o devido “acompanhamento cultural”, os jovens tendem a desinteressar-se. Daí que este ano o Teatro das Beiras também tenha retomado as oficinas de teatro para “inverter a tendência e criar a vontade de estar no teatro, e ganhar esse público” explica Sónia Botelho, do Teatro das Beiras.

A 20 de novembro, o Teatro de Marionetas do Porto apresenta “Orfeu e Eurídice”, com encenação e dramaturgia de Roberto Merino, um espetáculo de marionetas que toma como base o mito de Orfeu. O Festival de Teatro da Covilhã termina a 22 de novembro, com a estreia da 121ª produção do Teatro das Beiras, a peça “O Coração de um Pugilista”, de Lutz Hübner, com encenação de Jorge Silva e interpretação de Miguel Brás, como Jójó, e Victor Santos, como o velho ex-pugilista Leo, onde de um confronto geracional nasce a vontade de se ajudarem mutuamente na concretização dos seus sonhos. Uma peça que teve estreia marcada para outubro, mas foi adiada devido a doença de um dos atores, e que terá novas sessões nos dias 23, 26, 27 e 28, no auditório Fernando Landeira

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