A União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), em comunicado, diz não aceitar que “uma pandemia da saúde” seja seguida por uma “pandemia social”, avisando que com o covid-19 já “largas centenas de trabalhadores” foram lançados no desemprego, no distrito.
A USCB recorda que o estado de emergência “não eliminou nem suspendeu os direitos contratuais” e acusa do Governo de falta de medidas para apoiar os trabalhadores. O que está a “facilitar a vida a alguns patrões sem escrúpulos e oportunistas que, mesmo tendo lucros, espezinham quem trabalha e se aproveitam dos dinheiros do Estado”.
Segundo a estrutura sindical, no distrito, na antiga Delphi, em Castelo Branco, 144 trabalhadores temporários já foram para o desemprego. No concelho da Covilhã, nas Confecções Trindade, no Tortosendo, 50 trabalhadoras seguiram o mesmo caminho, sendo que existem ainda vários casos em sectores como o comércio, restauração e turismo.
A USCB alerta ainda para o lay-off que “está em crescendo”, e que já abrange mais de 20 empresas e perto de três mil trabalhadores, que não cobre a totalidade da remuneração dos trabalhadores, considerando que “nada impede as empresas de suportar a diferença entre o que paga a Segurança Social e a remuneração líquida de cada trabalhador”.