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Parceria com privados é solução para falta de médicos em Belmonte

Acordo tripartido, entre Câmara, ACES Cova da Beira e empresa privada vai permitir colocação de duas novas médicas, já em dezembro, no centro de saúde

Duas médicas devem iniciar, já no próximo mês de dezembro, a sua atividade no centro de saúde de Belmonte, de modo a suprimir as falhas sentidas nos últimos meses, em que cerca de 2600 pessoas ficaram sem médico de família no concelho, após a saída de dois profissionais de saúde quer em Belmonte, quer em Caria. A novidade foi anunciada na passada quinta-feira, 23, na reunião publica do executivo pelo vice-presidente da autarquia, Paulo Borralhinho.

“A questão da falta de médicos no concelho nunca ficou esquecida. Tal como disse, era uma situação não resolvida com a solução provisória encontrada, pelo que tentámos, com o ACES Cova da Beira, ARS Centro e uma empresa de consultadoria em medicina, encontrar soluções” explica o autarca. Assim, foi estabelecido um acordo tripartido, entre Câmara, ACES (a partir de janeiro será a ARS a assumir) e uma empresa privada para a colocação de duas médicas no concelho, já no início de dezembro, que irão também assegurar 20 horas na extensão de saúde de Caria. “Vai exigir do município um apoio, mas é sempre dinheiro bem aplicado, pois o problema vai ficar resolvido” frisa Paulo Borralhinho, que adiantou ao NC que o encargo anual da autarquia com esta medida será de cerca de 20 mil euros.

O presidente da autarquia, Dias Rocha, lembrando ter sido publicado, na passada semana, em Diário da República o decreto-lei que formaliza a criação da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira (que pressupõe a integração do Agrupamento de Centros de Saúde (ACS) da Cova da Beira no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB), passando assim os hospitais da Covilhã e do Fundão e os centros de saúde dos concelhos do Fundão, Covilhã e Belmonte a ser geridos pela mesma entidade, disse querer “esperar para ver” quais as mudanças. Porém, ressalvou que o acordo agora alcançado envolve um valor a aplicar pela Câmara “que me parece razoável” e que “fosse qual fosse” o valor em causa, “o importante é assegurar cuidados de saúde à população”.

Recorde-se que no concelho, com cerca de seis mil habitantes, actualmente há perto de 2600 pessoas sem médico de família, cerca de 40 por cento da população, um valor que nunca tinha existido. Mas que foi motivado pela saída de uma médica do centro de saúde de Belmonte, e da saída de um médico, que pediu mobilidade para a Covilhã, da extensão de saúde de Caria. Ou seja, estão actualmente ao serviço no concelho três médicos.

Em Caria, teve que se implementar uma solução provisória, que passou pela disponibilização de três médicos, da Covilhã, que dão consultas duas vezes por semana, de manhã, às terças (dois médicos) e à quinta-feira (um médico). O que o executivo belmontense considerava insuficiente. “Temos que pensar mais longe, saber o que queremos do nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS). A continuar desta forma não sei o que que será” lamentava então Paulo Borralhinho.

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