Nova vida para o Parque de Santiago. O local, bem à entrada da vila, e alvo de actos de vandalismo que levaram à destruição de muitos dos elementos que compõem a estrutura de apoio adjacente, vai ser requalificado, numa obra que custará cerca de 29 mil euros ao município.
A Câmara, na reunião do executivo da passada quinta-feira, 16, aprovou o orçamento para a obra que terá parte feita por um empreiteiro (substituição de sanitários, loiças, chuveiros, etc) e outra (madeiras, envernizamento, etc) por pessoal do serviço externo da Câmara. “Tínhamos que fazer esta obra, que aquilo era indecente, uma vergonha. Era completamente necessário”, frisa o presidente da autarquia, António Dias Rocha. O objetivo é dar uma nova cara a uma infraestrutura que tem sido objeto de sucessivos actos de destruição e vandalismo, que deixaram inoperacionais vários equipamentos. “Foi tudo destruído” lamenta o autarca. Além das loiças sanitárias, a Câmara irá trocar o piso da zona de apoio, em dek de plástico, que passará a ser de granito para ter uma maior durabilidade, já que o existente também está parcialmente destruído.
Carlos Afonso, vereador da CDU, alertou que depois das obras feitas, será necessário tomar “medidas de proteção do espaço”, sendo que a videovigilância é uma das medidas que é defendida. O autarca defendeu ainda que quem destrói, caso seja “apanhado”, responda pelos actos praticados.
Na última Assembleia Municipal, o deputado do PSD, Humberto Barroso, condenou as atitudes que deixaram aquele local num estado “completamente lastimável e deplorável”, que dá um “mau cartão de visita” a quem chega para conhecer Belmonte, uma vez que o parque até tem um espaço destinado a caravanistas. O deputado perguntou ainda qual o plano para, “de uma vez por todas”, acabar com estes atos isolados, defendendo, por exemplo, a colocação de câmaras de videovigilância.
Recorde-se que o anúncio de obras já tinha sido feito em julho pelo vice-presidente da autarquia, Paulo Borralhinho, face ao facto das casas de banho estarem encerradas pelo estado de destruição em que se encontram. “É uma situação preocupante, mas esperamos avançar em breve para a sua reparação” disse na altura autarca.
O local, gerido agora pela União de Freguesias de Belmonte/Colmeal da Torre, chegou a ser classificado pelo seu presidente como “a maior vergonha do nosso concelho”. Hugo Adolfo recordava que é ali, por exemplo, que param os autocarros da rede Expressos, e, muitas vezes, havia quem tentasse recorrer aos sanitários e que, “quando lá chega, julga que chegou à Ucrânia”. O autarca também pediu a instalação de câmaras.
Além das casas de banho e balneários, também os assadores estão partidos, sem grelhas, e por vezes, nem o material usado no parque, como os baloiços para crianças ou vedações, escapa ao vandalismo de alguns.