O Jardim-de-Infância do Canhoso tem um projeto para criar, nas imediações, num espaço cedido pelo município, um parque infantil não convencional, pensado pelas crianças, entre os três e os seis anos, sobre que equipamentos ali gostariam de ter e que brincadeiras fazer.
A intenção é que, à semelhança do que já acontece com a horta criada pela unidade de ensino, o espaço seja para utilização não apenas das crianças que frequentam o estabelecimento, mas também da comunidade.
Segundo Ricardo Silva, diretor do Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve, a ideia já foi apresentada à Câmara da Covilhã e à União de Freguesias da Covilhã e do Canhoso, entidades de quem vai ser necessária ajuda para expandir o projeto e com quem está prevista uma reunião em setembro.
Ricardo Silva sublinha que, para já, é necessário dar um arranjo no espaço, de limpeza do mato na língua de terreno junto ao campo de futebol, e o plano é começar a tratar do processo em setembro, no início do ano letivo, para que esteja terminado “por altura da primavera/verão”, embora exista potencial para posteriormente se irem acrescentando equipamentos.
“O fator diferenciador é ser um parque infantil não convencional, pensado pelas crianças e não pensado pelos adultos”, aponta o diretor, ao NC.
O projeto surgiu na sequência do concurso nacional do LIDL que o jardim-de-infância venceu com a ideia “Estádio Imbatível”, pela qual recebeu um prémio de dois mil euros, verba com a qual vai ser construída uma casa na árvore.
A professora responsável, Emília Carvalho, explica que se pretende fomentar a vida saudável e a sustentabilidade, ao mesmo tempo que se estimularam as crianças a repensar os seus espaços de jogo e recreio, fazendo-os olhar para o aproveitamento do que os rodeia.
Além da intervenção no espaço público, foram envolvidos os pais e empresas locais, no sentido de encontrar materiais que possam ser reutilizados e ganhem uma segunda vida na construção dos equipamentos a instalar.
Para que seja possível fazê-lo garantindo a segurança dos utilizadores, Ricardo Silva conta com ajuda técnica para “afinar” a ideia das crianças.
A professora adianta que foi planeado reaproveitar materiais como pneus, madeiras, paletes, tecidos, cordas, fios e componentes em betão da construção civil.