Honrar as tradições da freguesia, lembrar os antepassados e valorizar quem ainda está no ativo são os objetivos do Pastores, que entre sexta-feira e domingo animam Cortes do Meio, com um conjunto de iniciativas.

O evento, promovido pela Filarmónica Recreativa Cortense, quer ter na aldeia “um evento marcante” associado a uma marca identitária da freguesia, que são as tradições, os costumes, os objetos, as atividades ligadas à pastorícia.

“Queremos honrar as tradições da freguesia”, salienta Alexandre Barata, o presidente da Filarmónica, ao NC.

Segundo este responsável, durante os três dias há exposição de gado, com a presença de cabras, de cães de pastoreio, animação de rua, artesanato, a chanfana é o prato central, há tasquinhas, a que se chamou abrigos, e uma caminhada na manhã de domingo que, num ao longo de 13 quilómetros, percorre as zonas onde os rebanhos costumam anda na serra.

Alexandre Barata explica que, nesta altura, os rebanhos ainda estão na serra da Estrela, “ainda não fizeram a transumância para a aldeia”, e, dessa forma, são os visitantes que podem deslocar-se em conjunto à montanha. A concentração é às 8:00 de domingo, junto à banda. A caminhada é de dificuldade média/alta.

De acordo com Alexandre Barata, o ponto alto do Pastores, evento que vai para a oitava edição, é o desfile de chocalhos pelas ruas de Cortes do Meio, às 24:00 de sábado.

A organização, salienta, “não quis alargar muito o circuito” e são 42 as inscrições para os abrigos disponíveis, um número inferior aos espaços disponibilizados, vinca a organização.

A animação de rua estará a cargo de grupos da região.

Alexandre Barata sublinha que as atividades ligadas ao pastoreio “estão muito enraizadas na freguesia e na região” e, além de celebrar os costumes e produtos locais, esta é também uma oportunidade de enaltecer os sete pastores ainda no ativo em Cortes do Meio, ainda que, essencialmente, numa lógica de subsistência.