A Assembleia Municipal de Belmonte tomou conhecimento, na sua última reunião, do orçamento e plano de actividades da Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social do Concelho (EMPDS), mas com várias críticas da oposição sobre o documento.
Telma Matos, deputada do PSD, classifica o plano de “fraco e sem ambição”, que “não apresenta nada de novo”, de uma empresa que “depende da Câmara”. A deputada lembra qual a designação da mesma para reivindicar mais trabalho em áreas que não apenas a gestão dos museus do concelho. “A empresa deveria era apostar em ajudar, por exemplo, o comércio local, e não fazer concorrência com produtos de merchandising que vende nos museus. Mas é uma empresa que está estagnada” aponta.
Tiago Gaspar, da mesma bancada, diz que as actividades desenvolvidas são “limitadas”, reclamando uma “maior diversificação”, de modo a que a sua sustentabilidade não esteja apenas assente “na venda de bilhetes para os museus”.
Já a CDU, através de Rosa Coutinho, lembrou que, desde sempre, o partido não concordou com a criação da empresa e reclama que esse trabalho seja feito directamente pela autarquia.
Os deputados votaram também a minuta de contrato entre a empresa e a autarquia, para 2022, que foi aprovado por maioria, com voto contra da CDU, e o estatuto remuneratório dos membros do Conselho de Administração da empresa, aprovado pela maioria PS, e votos contra da CDU e PSD.
Rosa Coutinho voltou a vincar que a empresa, e seu pessoal, “deveriam estar integrados na autarquia”. Já Tiago Gaspar, do PSD, diz que não consegue encontrar “justificação” para os valores em causa, ou seja, cerca de 33 mil euros.