A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou na sessão de sexta-feira, 6, com os votos contra do CDS, do PCP e do Movimento de Novo Covilhã, a abertura do procedimento para a concessão do Sistema de Mobilidade da Covilhã.
Enquanto o PS destaca o aumento de serviços da concessão, passando a pagar anualmente à operadora 800 mil euros, face aos 600 mil do anterior contrato, que apenas contemplava os autocarros, a oposição manifesta dúvidas e aponta fragilidades num plano que entendem devia ter resultado de uma discussão alargada.
João Caldeira, do CDS, considera estar-se a criar um plano de mobilidade “para a cidade, não para o concelho”, entende ser um “projecto ambicioso”, que no entanto “tem lacunas”, resultantes da “falta de debate” e afirma persistirem as mesmas dúvidas aquando da primeira apresentação.
“Temo que um concurso tão amplo como este fique deserto e seja entregue por ajuste directo”, disse o eleito centrista. “Os esclarecimentos pedidos e as informações pedidas não foram apresentadas quando este processo foi novamente a reunião de câmara. Não podemos manter o voto favorável que tivemos na altura, com base na boa-fé”, justifica o líder da bancada do CDS.
Fausto Batista, do movimento independente De Novo Covilhã, alerta para falhas na resposta às pessoas das freguesias mais distantes da sede de concelho. Luís Fiadeiro, da mesma bancada, afirma ser a favor de um novo plano, “mas não deste plano”.
“Verificamos que é um plano da cidade e não um plano do concelho. Nós temos uma ideia de maior integrabilidade do concelho. Ou seja, tudo bem que se preveja a cidade, mas não podemos esquecer o concelho no seu todo”, realça o eleito do De Novo Covilhã, para justificar o voto contra.
Sem qualquer eleito do PSD presente na sessão aquando da votação do documento, João de Deus abordou o assunto na intervenção antes da ordem do dia, acentuando que o plano de mobilidade “não deve sacrificar o património, deve valorizá-lo” e entende a proposta apresentada “um erro”.
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