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Plataforma contra as portagens só já aceita a abolição

Utentes da A23 e A25 lembram promessas por cumprir no que toca à redução de preços, este verão, pelo que, dizem, no próximo Orçamento de Estado só mesmo a abolição pode ser considerada

“Perante tanto adiamento e incumprimento da palavra dada e face ao agravamento das condições sociais e de vida das populações, a Plataforma pela Reposição das SCUTs na A23 e A25 vem de forma muito clara afirmar que o Orçamento de Estado para 2024 só pode consagrar a reposição das SCUTs na A23, A24 e A25 com a abolição das portagens nestas vias.” É esta a mensagem principal de um comunicado da Plataforma, esta semana, que lembra as promessas que estão por cumprir no que toca à redução do preço das portagens das principais vias que servem a Beira Interior.

A organização, que congrega empresários, utentes e sindicatos dos distritos de Castelo Branco e Guarda, recorda que em maio, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, anunciara que até 21 de junho deste ano, seria divulgado um programa para a redução das portagens nas ex-SCUT’s, e que depois, em julho, disse que o programa estava concluído, estando prevista a sua apresentação no verão. “Passaram-se quase cinco meses sobre a data em que a senhora ministra prometeu o programa até ao verão e passaram-se mais de dois meses sobre 17 de julho, data em que prometeu o anúncio em menos do mês. E vai-se a ver e nada. Mais uma vez promessas e só promessas” lamenta a Plataforma, que acusa o Governo de “faltar à palavra”. “Esta falta de ética política descredibiliza a senhora ministra, que fala sem ter a certeza de o poder fazer e significa a sua desautorização por parte do primeiro-ministro, António Costa, que é quem na verdade põe e dispõe, manda e desmanda e, por isso, é o principal responsável”. A organização, no entanto, acentua que Ana Abrunhosa “tem responsabilidades já que, se não tinha a certeza de poder cumprir, deveria ter omitido tais promessas.”

A Plataforma vinca ainda que declarações de diversos membros do Governo, como também João Galambas, são apenas “analgésicas para aliviar a “dor” de momento, não resolvendo o mal profundo que as portagens estão a causar à actividade económica, às empresas, aos trabalhadores, à população, pondo em causa a sobrevivência do Interior do País.”

Perante a falta de cumprimento das promessas, a organização diz que no próximo Orçamento de Estado apenas a abolição das portagens no Interior pode ser considerada. “O tempo dos descontos passou” frisa, dizendo que o Governo teve tempo “mais que suficiente para repor as SCUTs de forma suave e planeada.”

Uma vez que a proposta de Orçamento de Estado será entregue na Assembleia da República dia 10 de outubro, a Plataforma reúne no dia seguinte, numa unidade hoteleira da Covilhã, onde apresentará depois as conclusões do encontro.

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