“A pobreza na Beira Interior é uma realidade em crescimento, acompanhada por uma carência alimentar alarmante, contra a qual o Banco Alimentar pretende lutar.” É esta a garantia deixada pelo presidente do Banco Alimentar contra a Fome da Cova da Beira (BACB), Paulo Pinheiro, em comunicado, numa altura em que esta entidade promove a Campanha de Primavera de recolha de alimentos. No próximo fim-de-semana, sábado, 31 de maio, e domingo, 1 de junho, o BACB promove, tal como decorre no resto do País, uma nova recolha de alimentos que procura fazer face “ao número crescente de situações de carência, que afetam cada vez mais famílias na região do Interior”
Apesar de, a cada mês, o BACB distribuir uma média de 6 toneladas de alimentos, beneficiando mais de 3500 pessoas carenciadas, “as necessidades ultrapassam a oferta disponível. Há muitos pedidos que ficam sem ajuda” garante Paulo Pinheiro. O BACB “recebe diariamente pedidos de ajuda de pessoas que não conseguem suprir as necessidades alimentares” assegura, e “continua a ter inúmeras dificuldades em dar resposta a todos os pedidos de auxílio. Os alimentos recolhidos no âmbito das duas campanhas anuais, não chegam para colmatar as necessidades dos mais carenciados.”
Pode doar de três formas. Na recolha de sábado e domingo, com a campanha saco, que andará nos hipermercados da região, com a campanha “Ajuda vale”, através de vales de produtos selecionados (como azeite, óleo, leite, salsichas e atum), em que cada vale representa uma unidade do produto, ou através da campanha online, em www.alimentestaideia.pt, que permite a doação de alimentos online e assim a participação na Campanha de pessoas que habitualmente não se deslocam ao supermercado ou que residam fora de Portugal.
“O trabalho dos Bancos Alimentares é muitas vezes silencioso e invisível para aqueles que não necessitam de ajuda. Por isso, é essencial a divulgação da campanha e o incentivo à contribuição, quer através da doação de alimentos não perecíveis, quer através do voluntariado” garante o BACB, que apela à população da Beira Interior para que mostre a sua solidariedade na luta contra a fome. “A sua participação e ajuda são fundamentais para que possamos continuar a apoiar aqueles que mais precisam” salienta.
