Não está fácil, mas os últimos sinais têm sido positivos. O Sporting da Covilhã, é certo, já não ganha há muito tempo, mas nas últimas jornadas tem somado, ponto a ponto, pecúlio que ainda mantém a equipa em zona de play-off de descida, embora agora sob a aproximação perigosa do Varzim (está a apenas um ponto). No passado sábado, os serranos, no terreno do Nacional da Madeira (que ainda acalenta ténues esperanças de subir), conseguiram mais um importante ponto na luta pela salvação. Mas, a faltarem nove jornadas para o final, é agora urgente ganhar.
Na Choupana, a primeira parte foi dominada pelos insulares, mas não houve golos. Nesta 25ª jornada da II Liga, os madeirenses entraram muito fortes, a dominar, e aos seis minutos, Francisco Ramos atirou ao poste da baliza de Léo Navacchio. Dois minutos depois, foi Marco Matias a quase surpreender o guardião brasileiro do Covilhã. Com o passar do tempo, os serranos equilibraram, ainda reclamaram uma suposta grande penalidade sobre Rui Gomes, mas raramente criaram perigo, sendo o Nacional a fazê-lo já em cima do intervalo, num remate de Francisco Ramos que Léo defendeu com qualidade.
Na segunda parte, o Covilhã cresceu. E foi a primeira equipa a ameaçar. Lance bem delineado, com Felipe Dini (uma das surpresas no onze inicial) a rematar à baliza nacionalista, mas o médio Danilovic, com o corpo, a gorar os intentos do atleta covilhanense. O mesmo jogador, aos 52 minutos, voltou a estar perto do golo, num remate à entrada da área, que fez a bola a sair junto ao poste.
Nacional marca contra a corrente
E foi contra a corrente do jogo que os madeirenses acabaram por marcar. Boa movimentação colectiva dos insulares, concluída com êxito por Francisco Ramos, aos 60 minutos.
O Covilhã reagiu ao golo sofrido, e aos 65 minutos, esteve perto de empatar, na sequência de um canto, com o central Helitão (mais uma vez) a ganhar nas alturas e a obrigar Vagner a defesa complicada. Aos 81 minutos, Vagner voltou a estar em evidência, ao segurar um remate de Diogo Almeida, entretanto lançado por Leonel Pontes, e, nuns minutos finais intensos e emotivos, pouco depois foi Dudu a rematar fraco para defesa segura de Léo Navacchio. Kukula, pouco depois, surgiu em boa posição, mas Vagner defendeu, e aos 87 minutos, o Covilhã empatou, numa grande penalidade cobrada com êxito por Diogo Almeida, após falta na área sobre Jorginho.
Leonel Pontes, no final, vincou a importância do ponto conquistado, e acredita que com a crença, por parte dos jogadores, de que podiam finalizar mais vezes, poderia ter sido diferente o resultado. “Não perder a primeira de 10 finais foi importante. Este ponto dá confiança para o futuro”, refere Leonel Pontes, avançando que é preciso “encarar os 9 jogos que faltam com serenidade, alma e coração. Temos que ser inteligentes”, conclui.
A primeira das tais “nove finais” é já este domingo, no Santos Pinto, às 15 horas e 30, frente ao Trofense de Francisco Chaló, equipa que está um pouco acima do Covilhã (14º lugar), com mais sete pontos. Depois, os “leões da Serra” voltam a jogar em casa, dia 19, às 11 horas, frente ao Mafra e dia 3 de Abril viajam até ao Algarve para defrontarem o Farense, equipa que andou muitas jornadas nos últimos lugares, mas que já está em 13º com 28 pontos, mais oito que o Covilhã (20).