O primeiro reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), Cândido Passos Morgado, de 86 anos, considera que a instituição “tem progredido bastante”, lembrou a dificuldade para conseguir que a Covilhã tivesse uma universidade, as resistências encontradas e afirma que hoje ninguém contesta essa decisão.
“Deu muito trabalho e muitas guerras tiveram de ser travadas, mas hoje ninguém contesta a existência da universidade na Covilhã”, acentuou o reitor emérito, no Dia da Universidade, ocasião em que foi inaugurado o seu busto no claustro da Reitoria.
Passos Morgado, que esteve ao leme da instituição durante 17 anos, desde 1979 até 1996, recorda que se questionava a viabilidade de criar uma universidade “relativamente pequena” no Interior e o Governo “tinha receio” que outras cidades mais populosas reivindicassem o mesmo.
“A resistência foi sempre não acreditarem na possibilidade de haver uma universidade no Interior de Portugal que justificasse os gastos e as energias na sua implantação”, frisou Passos Morgado, que afirmou: “a UBI está a evoluir no sentido em que eu sonhava”.
O antigo reitor considera que as reservas eram compreensíveis. “A Covilhã não era nem capital de distrito e havia, com certeza, por parte do Ministério, o pensar no retorno dos dinheiros públicos investidos na Covilhã”, acrescentou o reitor emérito.
Questionado sobre como imagina a cidade sem a UBI, Passos Morgado partilhou ser um exercício que faz, sem chegar a conclusões. “Às vezes começo a fazer isso e não chego lá”, sublinhou.
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