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Programa Aldeias Seguras alargado ao sul do concelho

Comunidade recebeu formação sobre como agir em caso de incêndio

Como é que as populações, estando cercadas pelo fogo, podem proteger as suas vidas e os seus bens. Foi informação prática que a Câmara da Covilhã procurou transmitir no domingo, 24, aos residentes no Pereiro, Freguesia de Sobral de São Miguel, e Cambões, Vale Cerdeira e Casal de Santa Teresinha, anexas de São Jorge da Beira, durante a apresentação do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”.

Em cada uma das localidades foi nomeado um oficial de segurança que possa ajudar a população em caso de risco e consiga informar as autoridades se falta alguém no abrigo escolhido, para onde as pessoas se podem dirigir.

A sessão foi aproveitada para indicar aos cidadãos o que fazer em caso de perigo e para que consigam manter a calma, como manter a casa fechada e não sair sem ouvir o sinal sonoro do oficial de segurança para se concentrarem no abrigo comunitário, que pode ser um pavilhão, uma igreja ou outro local.

O vice-presidente do município, Serra dos Reis, frisou que estas aldeias foram escolhidas por estarem rodeadas de floresta e estão “mais vulneráveis”.

Serra dos Reis sublinhou que nos incêndios de 2017 se concluiu que o risco de morte teria diminuído se as pessoas não tivessem abandonado a sua casa e a sua aldeia.

“Trabalhamos aí porque, efetivamente, são aldeias muito cercadas de floresta e, em situações de risco, podem correr efetivamente risco”, frisou o vice-presidente da Câmara da Covilhã, que no ano passado iniciou o programa em Trigais, anexa da Erada.

Segundo Serra dos Reis, estas aldeias, no sul do concelho, “estão praticamente cercadas de floresta”, o que reforça a importância de executar estas ações de prevenção, preparando os residentes “quer em termos de formação, quer em termos de conhecimento, quer de ações e práticas” a executar em caso de perigo.

“É fundamental para a segurança e proteção das pessoas e dos seus bens”, reforçou o autarca, segundo o qual é importante “transmitir a sensação de segurança”.

Em paralelo, o município vai ter a decorrer o programa de limpeza de faixas de gestão de combustíveis, sobretudo ao redor dos núcleos urbanos e nas vias de acesso.

“Até ao verão a rede primária está em execução. São muitos quilómetros, muita extensão. Estamos a envolver as populações, até porque, para se fazer a rede primária, temos de intervir em terrenos privados. É preciso fazer com os proprietários um contrato de cedência, e tudo isso demora algum tempo”, explicou Serra dos Reis.

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