Procurar
Close this search box.

Propostas para a Dielmar vão ser analisadas dia 26

A assembleia de credores da empresa de confeções Dielmar volta a reunir no dia 26, depois de na passada quarta-feira, 6, ter decidido dar mais 15 dias para que as propostas e manifestações de interesse na empresa possam ser consolidadas.

A decisão foi tomada na sessão que teve lugar no Tribunal do Fundão e durante a qual foram colocadas em cima da mesa duas possibilidades, nomeadamente a de avançar para o encerramento definitivo e liquidação dos bens ou, em contrapartida, optar pelo adiamento de uma decisão para que as propostas pudessem ser fortalecidas. A maioria dos representantes dos credores votou a favor do prolongamento do prazo, que deverá possibilitar aos interessados fundamentar as propostas nomeadamente ao nível dos mecanismos financeiros.

Na sessão, o administrador de insolvência, João Gonçalves, explicou que existem duas propostas formais e mais duas manifestações de interesse, mas que todas precisam de ser consubstanciadas ao nível do modelo de financiamento. E disse que uma delas só está a aguardar pela aprovação das linhas financiamento, informação que foi confirmada pelo próprio investidor, Vítor Madeira Fernandes, que marcou presença na sessão.

O empresário, que é proprietário da empresa Outfit 21, sediada em Leiria, explicou aos credores que é sua intenção ficar com a empresa e respectivos trabalhadores e que pretende começar a laborar “tão rápido quando possível”. Já os nomes do autor da outra proposta e dos eventuais interessados não foram revelados porque foi solicitada pelos mesmos a reserva dessa informação, como foi explicado.

Colocadas à votação a possibilidade de encerramento ou o adiamento da decisão, maioria dos credores votou pelo reagendamento da sessão para o dia 26, apesar de uma instituição bancária ter votado contra por considerar que se está a “adiar o inevitável”.

Trabalhadores: entre a esperança e preocupação

Já os representantes dos trabalhadores mostraram-se preocupados, quer com a manutenção dos postos de trabalho, quer com os salários de outubro, para os quais ainda não há garantias de pagamento. À saída da reunião essa preocupação foi repetida pela presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, Marisa Tavares, que, todavia, também considera importante que se procure uma solução para viabilizar a empresa.

Marisa Matias reiterou o apelo para que o Ministério da Economia assuma a “responsabilidade acrescida sobre este processo” e tome “as medidas necessárias para que a empresa e os postos de trabalho sejam salvaguardados”

Por seu turno, Justina Lopes, representante dos trabalhadores, assumiu estar dividida entre a esperança e a preocupação com a falta de garantias para o mês de Outubro. “Fiquei com uma esperança, mas a esperança não governa ninguém e fiquei muito preocupada porque este mês ninguém nos garante os salários”, frisando que há pessoas que vão passar dificuldades principalmente aquelas que não têm outra fonte de rendimento e têm as despesas para pagar.

Texto completo na edição papel do NC.

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2021 Notícias da Covilhã