Foi, talvez, o registo mais significativo da noite eleitoral no distrito: o PS, que em 2021 tinha oito autarquias, passou a ter sete, pois perdeu Belmonte para o Nós Cidadãos, liderado pelo autarca socialista de Penamacor, António Luís Beites.

Na capital de distrito, Leopoldo Rodrigues, atual autarca socialista, manteve a Câmara, mas sem maioria no executivo, já que a coligação PSD/CDS, liderada pelo provedor da Misericórdia, José Augusto Alves, também elegeu três membros, e a Iniciativa Liberal, com José Henriques, conseguiu eleger um vereador, a primeira vez que tal acontece naquela Câmara.

Os socialistas, como já dito anteriormente, pintam de novo de “rosa” o concelho da Covilhã e mantêm ainda Penamacor, com o vereador covilhanense José Miguel Oliveira, que conseguiu a maioria dos eleitos no executivo, com três mandatos, contra os dois do movimento independente “Nossa Terra”, liderado por Filipe Batista. Também em Idanha-a-Nova, os socialistas mantêm a maioria (três eleitos) com Elza Gonçalves, contra os dois do movimento independente “Por Todos”, liderado por José Gameiro.

Na zona do Pinhal, os socialistas também seguram três autarquias: a Sertã, conquistada há quatro anos ao PSD, com a reeleição de Carlos Miranda, por maioria (quatro mandatos contra dois do PSD e um do Chega, que elege vereador pela primeira vez naquele concelho); Proença-a-Nova, há vários anos “rosa”, onde o autarca local, João Lobo, reeleito, também com maioria (três mandatos contra um do PSD/CDS e um do Chega, que tem entrada inédita no executivo), e Vila Velha de Ródão, onde o autarca socialista Luís Pereira não se pode recandidatar por limitação de mandatos, mas onde António Carmona ganhou de “goleada”, com mais de 65% dos votos (quatro eleitos), contra um eleito do PSD.

Já os social-democratas seguram as três autarquias que já tinham em 2021: Fundão, Oleiros e Vila de Rei. Nesta última, a vitória de Paulo César Luís foi esmagadora, conseguindo quase 70% dos votos, e conquistando os cinco lugares do executivo. E em Oleiros, o atual autarca, Miguel Marques, também venceu com maioria (quatro mandatos contra um do PSD). Já no Fundão, Miguel Gavinhos segurou a Câmara para o PSD, após a saída, por limitação de mandatos, de Paulo Fernandes, mas sem maioria no executivo. Elegeu três membros, contra os dois dos PS (Rui Pelejão e Tiago Monteiro), um do movimento Comunidade com Força, da vereadora Alcina Cerdeira, e um do Chega, com Hugo Silva a conquistar pela primeira vez um lugar de vereador para esta força política.

No distrito votaram 106 mil 807 pessoas, entre 162 mil 994 inscritos, com a taxa de abstenção a rondar os 35%.