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PS reforça votação e elege três deputados no distrito

“Temos uma grande responsabilidade pela frente”. É assim que Ana Abrunhosa, cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, aborda o futuro de quatro anos de governo socialista, conquistado no passado domingo, 30 de Janeiro, numas legislativas ganhas em toda a linha por António Costa, e com um Chega em ascenção (passa de um para 12 deputados), CDU e Bloco de Esquerda em queda (perdem muitos deputados), e um CDS/PP que, pela primeira vez desde que existe democracia em Portugal, não tem nenhum eleito no Parlamento.

Numa noite em que o PS conseguiu maioria absoluta, e venceu em todos os distritos de Portugal Continental (a excepção foi a Madeira), também o distrito albicastrense se vestiu de “rosa”, com o PS a vencer em 9 dos 11 concelhos. Só mesmo em Vila de Rei e Oleiros foram “laranjas” em vez de “rosa”.  O PS venceu as eleições legislativas no distrito e reforçou a votação, com 47,55%, voltando a eleger três dos quatro deputados, enquanto o PSD ficou novamente com um mandato.

Após o apuramento das 120 freguesias do círculo eleitoral de Castelo Branco, o PS obteve uma vitória clara, conseguindo aumentar a percentagem de votos em relação a 2019 (40,88%) e manter o número de deputados. Foram eleitos Ana Abrunhosa, actual ministra da Coesão Territorial, João Paulo Catarino, secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, e Nuno Fazenda de Almeida, que já pertence à bancada. No caso dos dois primeiros assumirem lugares no futuro Governo de António Costa, então sobe na hierarquia, e chegam a deputados, Paula Reis e Tiago Monteiro.

Já o PSD, que tinha de novo Cláudia André a liderar a lista pelo distrito, apesar de ter aumentado a percentagem de votos – conquistou no domingo 27,40%, quando nas legislativas de 2019 obteve 26,33% -, não conseguiu conquistar um segundo mandato. “Há algum desânimo, pois o objectivo era os dois deputados. Temos que respeitar. Vamos ver se António Costa cumpre o que prometeu para o distrito” diz Cláudia André, que viu o PS ganhar no concelho de onde é originária, e onde habitualmente ganhavam os “laranjas”: Sertã.

Desde 2009, o distrito de Castelo Branco passou a eleger apenas quatro deputados, sendo que PS e PSD costumavam dividir entre si o número de mandatos (dois para cada), uma situação que se alterou em 2019, com os socialistas a conseguirem eleger três dos quatro deputados. Num círculo com 166.269 eleitores inscritos e onde se apresentaram 17 listas, o Chega passou a ser a terceira força política, com 8,31% dos votos (em 2019 obteve 1,27%). Já o BE, que em 2019 tinha conquistado dois dígitos na percentagem de votos (11,05%), passou a ser a quarta força política no distrito, com 4,25%.

O PCP-PEV passou de 4,75% para 2,91% e o CDS, que tinha obtido 3,71%, teve 1,56% dos votos, sendo ultrapassado pela IL, que obteve 2,55% (em 2019 teve 0,58%). O PAN também perdeu força em Castelo Branco, passando de 2,38% em 2019 para os actuais 0,98%. Quanto à abstenção no distrito, desceu relativamente a 2019, tendo passado de 44,91% para 42,42%. No acto eleitoral de 2019, estavam inscritos 170.075 eleitores, contra os actuais 166.269.

Vítor Pereira “satisfeitíssimo”

O presidente da Federação Distrital do PS de Castelo Branco, Vítor Pereira, diz estar “satisfeitíssimo” com o resultado do partido nas eleições legislativas de domingo, onde manteve o número de mandatos e reforçou a votação.

“Estou satisfeitíssimo porque, efectivamente, conseguimos alcançar os objectivos a que nos propúnhamos, desde logo pela renovação dos candidatos da anterior para a actual lista. Apenas o Nuno Fazenda, da Covilhã, se manteve. De resto, toda a lista foi renovada respeitando a heterogeneidade do distrito de Castelo Branco”, afirma o presidente da Câmara da Covilhã.  O líder da distrital afirma ainda que o programa do PS “foi elaborado com o rigor e objectividade que se impunham para que os eleitores e cidadãos de Castelo Branco pudessem entender, com total clareza, a mensagem que lhes era dirigida”.“Trata-se de um programa realista com as principais prioridades para o distrito a que os candidatos a deputados se comprometiam a bater. Fizemos uma campanha intensa por todo o distrito. A postura e atitude da nossa cabeça de lista (Ana Abrunhosa) também foi muito importante para os resultados alcançados, tal como a qualidade da lista composta por pessoas com provas dadas”, sustenta.

Vítor Pereira realçou o reforço da maioria que o PS já tinha no distrito de Castelo Branco em termos de votação global, alcançando cerca de mais 8% face a 2019. “Mantivemos também os três deputados para o PS e um para o PSD. Isto diz muito da força e vontade dos cidadãos do distrito de Castelo Branco, que quiseram demonstrar ao PS”, frisa.

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