A PSP alerta a população para burlas que se têm registado em situações de arrendamento ou venda de imóveis que não existem ou não estão disponíveis, iludindo as pessoas com quem estão a negociar.
A força de segurança explica que o crime se processa através da “compra ou venda simulada, utilizando sítios na internet de compra e venda de produtos ou de classificados”.
Os burlões pedem que o pagamento seja feito por transferência bancária ou que o comprador pague de forma adiantada. Após o pagamento, o comprador não recebe nenhum dos objetos que, supostamente, teria comprado, frisa a PSP.
A Polícia de Segurança Pública aconselha a população a procurar sites, jornais ou empresas de classificados que garantam a confirmação da veracidade dos anúncios publicados. Alerta, também, para que os possíveis compradores desconfiem de anúncios que tenham preços claramente abaixo do valor de mercado, “ainda que tenham por base, alegadamente, um motivo válido, como uma saída repentina do país, mudança de habitação, nascimento de filhos, entre outros”, explica a PSP, em comunicado.
É aconselhada, igualmente, a pesquisa de dados do imóvel na internet, como a morada ou os dados e contactos do anunciante, pois poderão existir referências a burlas anteriores. É ainda sugerido que se pesquisem as imagens apresentadas do anúncio para verificar se são verdadeiras ou retiradas de outras plataformas de arrendamento, assim como para que não se faça qualquer tipo de transferência de dinheiro para pessoas que anunciam arrendamentos de imóveis na internet sem que esteja garantido que o anunciante é legítimo.
Ter atenção aos endereços enviados através de emails de outras plataformas de arrendamento é outro sinal, pois poderá ser enviado para uma página falsa, e recomenda-se guardar todas as trocas de emails, fotos e mensagens, importantes caso o arrendamento não corra como acordado ou a pessoa tenha sido vítima de burla.
Na última semana a PSP de Castelo Branco deteve, durante uma operação na Covilhã e em Castelo Branco, um homem, de 23 anos, suspeito de 15 crimes de burla qualificada de arrendamento de imóveis e uso de documentos de identificação alheios.
As vítimas eram burladas com recurso a falsos anúncios de arrendamentos de imóveis, publicados na rede social Facebook, conseguindo, dessa forma, ganhar milhares de euros de forma ilícita.
O detido é suspeito da mesma prática em várias cidades do país. Depois de presente a primeiro interrogatório judicial, o homem ficou em prisão preventiva.