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Quando a aldeia mostra o que tem de melhor

A gastronomia. Os jogos tradicionais. As roupas. Os produtos. Os cantares. Foram cinco as aldeias do concelho da Covilhã que vieram à cidade mostrar a sua diversidade

São dez as casas de madeira alinhadas em frente à Câmara Municipal da Covilhã, onde cada uma mostra o melhor das aldeias do concelho. Desde vestes tradicionais, até licores, mel, doces tradicionais e jogos que se faziam antigamente. A iniciativa “A Montanha desce à cidade com os Reis”, mostrou, no passado fim-de-semana, a diversidade que existe nas diferentes zonas do concelho.

Eugénia Carvalho, 71, representa a Erada com as suas filhoses. “Sou conhecida pelas filhoses, as pessoas fazem fila para as comprarem. Até me fazem encomendas de França”, conta. “Aprendi a fazer com a minha mãe, comecei a fazer para a festa da Nossa Senhora dos Milagres e agora toda a gente as quer provar”, relembra.  “Na Erada, temos lá muita coisa boa. Mas o cabrito recheado já é muito antigo e é conhecido por todo o lado. Já vieram pessoas de Lisboa para o provar, até meteram um helicóptero no campo de futebol, para provarem o cabrito”, explica Eugénia.

De São Jorge da Beira vem gastronomia e jogos tradicionais. Em frente à banca, está o antigo jogo da raiola, praticado por novos e velhos. “Estes jogos existem e faz parte da iniciativa trazê-los, para que mais pessoas joguem e vejam. A raiola ainda está no nosso clube, as pessoas ainda o jogam”, esclarece Paulo Quintela, presidente da Junta de Freguesia.

Sentada na ‘casa’ de Unhais da Serra, está Gisela Garcia, 44. A banca promove artigos de lojas locais da vila. “Só a vista que temos em Unhais, diz tudo”, explica Gisela. A representante elenca que “as filhoses, o cabrito, a chanfana”, são boas e que se comem bem em Unhais da Serra. “A vila é linda. É ir, ver e aproveitar a natureza”, resume.

Já Verdelhos mostra as vestes tradicionais, usadas pelos pastores da aldeia. “Os agasalhos”, como são chamados, são o artigo mais diferenciador da banca, aos quais se juntam o mel e os licores com sabores da serra. “Os alforges e os gorros são o mais tradicional que só se usa em Verdelhos e não se vê muito noutros sítios”, explica Tiago Saraiva, representante da aldeia no evento.

Os dois dias da iniciativa contaram com o Cantar das Janeiras, atuações do Rancho Folclórico e Etnográfico do Refúgio, das Vozes do CAI – Grupo de Cantares do Centro de Atividades da Covilhã e dos Cavaquinhos da Academia Sénior da Covilhã, assim como a atuação de grupos e artistas das aldeias representadas.

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