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Quando és madrinha da terra onde a tua mãe deu aulas

A Associação Belmonte em Movimento realizou, pelo terceiro ano seguido, as tradicionais marchas. Joana, esposa do humorista Eduardo Madeira, foi madrinha da marcha da terra. Onde a mãe foi professora quando era miúda

Quando, em Lisboa, na BTL, os responsáveis da Associação Belmonte em Movimento (ABM) convidaram Joana Machado Madeira, esposa do humorista Eduardo Madeira, a ser madrinha da marcha de Belmonte no passado domingo, 16, altura em que realizaram, pela terceira vez, as marchas naquela vila, longe estariam de imaginar que Joana tinha um passado ligado à região, e à própria localidade. É que a atriz e humorista, 33 anos, nasceu, em 1991, na Covilhã, onde viveu durante cinco anos, e a mãe, Elisabete, deu aulas em Belmonte. Isto antes da família se radicar, em 1998, em Elvas, no Alentejo. Foi, por isso, quase um regresso às origens.

“Sou madrinha da marcha do Castelo há três anos. Comecei a gostar muito desta tradição. Este ano, quando me convidaram a ser madrinha da marcha de Belmonte, fiquei muito contente.  Belmonte é lindíssimo, e fui muito bem recebida. Nasci na Covilhã, onde vivi até aos 5 anos, e apesar de ter vivido a minha vida quase toda no Alentejo conhecia, mais ou menos, aqui a zona da Beira Baixa. Em Belmonte estive cá muito pequenina, porque a minha mãe deu aulas cá. Tenho uma vaga recordação. Mas quero voltar com tempo para conhecer melhor” disse ao NC Joana Madeira, que desfilou pelas ruas de uma vila que passou a estar “completamente no mapa”.

Participaram dezenas de marchantes em representação da marcha da casa, que este ano teve 44 pessoas, uma marcha infantil (também de Belmonte), com 37 miúdos, e, de novo, as três IPSS do concelho: Santa Casa da Misericórdia de Belmonte, Centro de Assistência Paroquial de Caria e Centro Social Paroquial do Imaculado Coração de Maria, em Colmeal da Torre. Representadas por funcionários, crianças do pré-escolar e idosos dos lares. Marcaram também presença duas marchas convidadas: uma do CCD de Cascais, composta por funcionários da autarquia, e outra de Lisboa, a marcha do Castelo, que desfilou na semana passada pela Avenida da Liberdade, com a madrinha Joana Madeira.

“Somos um grupo que promove outras atividades, como o teatro, ou um grupo saloio. No ano passado viemos à Covilhã, fomos convidados por Belmonte, aceitámos e ficámos satisfeitos. É gente muito simpática” diz Paula Caetano, 54 anos, presidente da direção do CCD de Cascais.

Tânia Rodrigues, 32 anos, responsável pela marcha do Castelo, e presidente do Grupo Desportivo local, também estava feliz após o desfile final na Praça da Descobertas. “A gostar muito. Boa gente, e andar sem a confusão de Lisboa nas ruas, é muito bom” afirma.

Este ano, o tema foram os “Alfaiates e costureiras”, para homenagear os mesmos. A roupa da marcha da casa foi feita por três pessoas, duas costureiras e um alfaiate local, em tons de verde, mas com fitas métricas a embelezar a indumentária. Para o ano, o evento regressa, garante João Santos, presidente da ABM.

Para o presidente da autarquia, António Dias Rocha, um evento que “ajuda a divulgar” a terra de Cabral. Onde Eduardo Madeira, humorista, que acompanhou a esposa, promete voltar. “Belmonte é apaixonante. Disse isso à Joana. Nunca cá tinha estado. Já tinha passado aqui perto, já tinha ouvido falar, mas adorei Belmonte. É espetacular. Gente simpática. E come-se muito bem, o que é uma chatice para quem está a fazer dieta”.

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