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Rede de água à espera de melhores dias em Belmonte

Rebentamento de condutas é recorrente, mas autarquia diz ser "incomportável" para qualquer município modificar toda a rede

O vice-presidente da Câmara de Belmonte, Paulo Borralhinho, afirma que é “incomportável para qualquer município” trocar a rede de abastecimento de água no concelho. Em Belmonte, mas também nas freguesias vizinhas, é frequente haver rebentamento de condutas, às quais os serviços camarários acodem e resolvem pontualmente, fruto de uma rede implementada há já décadas e que começa a dar sinais de desgaste, levando a grandes perdas de água.

O tema foi abordado na última Assembleia Municipal, com o autarca a reconhecer que “tem que ser tratada a modificação da rede”, embora os custos sejam muito elevados.

Telma Matos, deputada do PSD, disse que o último relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) aponta para perdas de água na ordem dos 62 por cento no concelho e que a autarquia, ao longo dos anos, tem demonstrado uma “ineficaz gestão” na gestão da água, penalizando os munícipes com aumento de tarifários, “sem resolver o problema da ineficiência”.

Humberto Barroso, da mesma bancada, apresentou mesmo um requerimento à autarquia para que apresente as contas do setor, nos últimos três anos, para se saber o porquê de “sucessivos aumentos nas tarifas”, acusando o executivo de insistir “na medida mais fácil, mas na que mais penaliza os cidadãos do concelho”.

Já o presidente da Junta de Freguesia de Caria voltou a abordar o rebentamento de condutas na localidade de Malpique e disse que, após tanta promessa do executivo, “já não tenho justificações para dar aos munícipes que me abordam”.

Paulo Borralhinho explicou que nos últimos meses se tem trabalhado no assunto. Desde logo, com a gestão a passar de novo, diretamente, para as mãos da autarquia, que apenas recorre a uma empresa privada para a faturação. “Andávamos nos 70 por cento de perdas, mas retomámos a gestão, criámos uma secção para a água, e as perdas também já não são de 62 por cento. Estão a ser levantados autos a pessoas que usavam água sem a pagar, mas é preciso que as pessoas tenham consciência que também não podem andar a regar jardins com um bem tão precioso” disse o autarca que, contudo, garante que Belmonte “continua a ter das águas mais baratas do país”, não obstante o último aumento dos tarifários, na ordem dos 40 por cento. “Quem paga mais é quem gasta muito” remata o autarca.

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