Representantes dos reformados apelam à Câmara da Covilhã que aplique em agosto a redução anunciada para junho do preço dos transportes públicos para maiores de 65 anos e diz que o incumprimento cria descrédito e desconfiança.
A União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) recorda, numa carta aberta, que o anúncio feito pelo presidente do município, Vítor Pereira, em abril, previa que o aumento do desconto de 50% para 75% na compra do passe e bilhete, para portadores do Cartão Social Municipal, seria aplicado em 01 de junho, o que não aconteceu.
O município explicou o atraso com “dificuldades técnicas” na operacionalização da medida e garantiu que os beneficiários veriam o desconto cumprido em julho, com efeitos retroativos.
“Independentemente da resposta e das justificações que nos apresente, queremos dizer-lhe que tudo isto é lamentável, pois cria descrédito e desconfiança na Câmara Municipal e também nas organizações que com vossa excelência celebraram acordo para a redução”, frisou a USCB, referindo-se também à Inter-reformados de Castelo Branco e à Associação de Reformados da Covilhã.
Segundo o documento, assinado pelas três entidades, perante o silêncio sobre o assunto, os responsáveis deslocaram-se à Câmara da Covilhã a pedir explicações e contam que lhes foi transmitido que a redução do valor não será implementada ainda em julho e que, para entrar em vigor, a medida precisa do visto do Tribunal de Contas e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).
As três organizações questionam o município por que motivo em janeiro, quando foi negociado esse desconto, “não adotou de imediato as medidas necessárias para ter em tempo útil o visto do Tribunal de Contas e do IMT”.
Na carta aberta é também perguntado à Câmara da Covilhã por que em junho, quando justificaram o atraso, não foi dada uma “informação completa inequívoca” e questionam como vai o município operacionalizar a redução do preço “com efeitos a 01 de junho”.
“Para nós a Câmara deve aplicar a redução já em agosto, com efeitos retroativos a 01 de junho, pois é para nós muito claro que o Tribunal de Contas e o IMT dificilmente colocarão entraves à aplicação de uma medida que não é inédita no país”, é referido no documento hoje divulgado.