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Regulamento do Teatro Municipal não vai ser revisto para já

A Câmara da Covilhã não tenciona, “no imediato”, rever o regulamento de utilização do Teatro Municipal, por o documento estar em vigor há pouco tempo, disse o presidente do município, Vítor Pereira, no final da reunião privada do executivo de sexta-feira, 11.

Questionado sobre as críticas feitas por associações da Covilhã, que só podem utilizar o espaço uma vez por ano, e com o apelo da oposição para que ajuste o regulamento “às necessidades locais”, o edil não descarta no futuro fazer essa revisão, mas não para já e salientou a existência de salas polivalentes onde algumas iniciativas podem ter lugar, sem utilizar a sala principal.

“Se viermos a constatar, depois de um período de vigência razoável do regulamento e de utilização do espaço, que o regulamento é insuficiente para dar resposta às pretensões razoáveis, equilibradas e justas das associações, nós aí temos toda a disponibilidade para ajustar o regulamento à realidade mais concreta”, respondeu Vítor Pereira.

Ricardo Silva, vereador da coligação CDS/PSD/IL, alertou a maioria socialista para as dificuldades sentidas por associações locais, com projectos, mas sem poder utilizar a principal sala de espectáculos do concelho.

“O regulamento do TMC não vai ao encontro do que os agentes culturais locais esperam e pretendem e não lhes foram dados ouvidos de forma atenta na elaboração do mesmo”, censurou o eleito da oposição, que pediu “abertura” para que as diferentes instituições culturais “possam ali crescer”, sem que a reduzida possibilidade de utilização da sala as limite.

Para Ricardo Silva, um investimento tão grande tem de estar “ao serviço das entidades locais”.

O vereador da coligação considera que o acesso ao Teatro Municipal “não deve ser banalizado, mas deve haver essa disponibilidade, não só da sala principal como de outros espaços”. “Deve haver um entendimento entre as várias instituições. Entre quem tem os equipamentos e quem os quer utilizar”,

“Não podemos fazer coincidir a utilização da sala com os espectáculos contratados previamente”, retorquiu Vítor Pereira, segundo o qual cada espectáculo pressupõe a ocupação de três dias, um para montar, o dia do espectáculo e outro para desmontar a estrutura.

O presidente disse compreender que “todos estão ansiosos por utilizar” o espaço, inaugurado em Dezembro, mas acentuou a necessidade de os responsáveis serem “parcimoniosos, para que todos utilizem”.

“Não podem utilizar todos ao mesmo tempo, nem haver sobreposições a espectáculos que estão na programação, porque ou bem que temos um programador e uma programação regular, constante, ao longo do tempo, ou então anulamos essa regulamentação, porque legitimamente uma associação quer utilizar esse espaço no dia em que há programação”, referiu Vítor Pereira.

Segundo o autarca, é compatível a programação da sala com a utilização por parte das associações, mas isso requer articulação e “conversar com o programador e com a vereadora” com o pelouro da Cultura, para acertar datas.

Na mesma sessão foi aprovada a criação do Conselho Municipal da Cultura.

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