Procurar
Close this search box.

Reitor promete fazer da UBI a melhor universidade se subfinanciamento for resolvido

Ser a melhor universidade portuguesa no prazo de cinco anos em qualquer indicador per capita se o Governo resolver o subfinanciamento da Universidade da Beira Interior (UBI). Foi este o desafio lançado quarta-feira, 25, pelo reitor, Mário Raposo, ao primeiro-ministro, durante a visita de António Costa à instituição, para inaugurar a primeira residência de estudantes do país requalificada no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES).

Para o primeiro-ministro, o repto representa uma “responsabilidade acrescida” de o Governo ter de “acompanhar a passada”.

“Fica o desafio ao Governo para corrigir o orçamento que nos é atribuído, com a promessa de que, se isso acontecer já a partir do próximo ano e seguintes, transformaremos a UBI na melhor universidade portuguesa dentro de cinco anos, em qualquer indicador per capita que queiram utilizar”, disse Mário Raposo, depois de enumerar o trabalho feito ao longo dos anos.

O reitor recordou os governantes presentes que a UBI é a universidade do país com menor financiamento per capita/aluno ao longo dos últimos 13 anos, sublinhou que esse desvio representa um valor acumulado de 70 milhões de euros, que a instituição tem conseguido fazer mais com menos e, embora a tutela tenha anunciado no ano passado um reforço de 1,4 milhões de euros para fazer face ao subfinanciamento crónico, apelou para que o problema seja resolvido e a universidade localizada na Covilhã seja tratada como as restantes.

“Não somos os coitadinhos, nem somos adeptos de facilitismos, mas da sã competitividade entre instituições e de avaliações justas do nosso trabalho”, salientou Mário Raposo, na cerimónia realizada na sala panorâmica da renovada residência.

O reitor frisou que a UBI, tendo em conta os rankings internacionais em que consta, foi “mais eficiente e mais eficaz do que as instituições congéneres”.

Mário Raposo acrescentou que os alunos da UBI estudam “numa instituição que tem um financiamento por curso inferior aos dos seus colegas que estudam nos mesmos cursos noutra qualquer universidade do país”.

António Costa destacou o “papel pioneiro que a UBI desempenha em sectores tão variados como no agro-alimentar, aeroespacial, na indústria automóvel ou na indústria têxtil e isso mostra bem a qualidade da UBI e o serviço que presta ao país”.

O responsável máximo da universidade referiu ainda que a UBI “tem, ao longo do seu percurso, atingido um conjunto de metas e objectivos que justificam plenamente o investimento que a sociedade” tem feito, através do pagamento de impostos.

Raposo vincou o fito da instituição de ensino superior em dar continuidade aos objectivos que presidiram à sua criação: ser um “meio de fixar pessoas, atrair e criar talento, contribuir para o desenvolvimento económico e social da região”.

A UBI é frequentada por 8600 alunos, dos quais 1500 internacionais, 600 a fazerem doutoramento, 85 % dos estudantes deslocados de outras zonas do país ou estrangeiro e nove em cada dez escolheu a instituição como primeira opção.

“Toda esta gente contribui sobremaneira para atenuar o decréscimo populacional da região. Nos últimos dez anos, os concelhos da Covilhã e Fundão perderam cerca de 10 % da população. Atrevo-me a dizer que, sem a UBI aqui, essa perda seria da ordem dos 20 %”, referiu.

 

 

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2023 Notícias da Covilhã