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“Remontada” serrana

Aos 76 minutos, o Covilhã perdia em casa com o Caldas por 1-3. Aos 94, ganhava por 4-3

Um jogo digno de ficar nas memórias serranas. E, como se costuma dizer em Espanha, uma “remontada” baseada na raça e no querer. O Sporting da Covilhã bateu, no passado sábado, na última jornada da primeira volta da série B da Liga 3, o Caldas por 4-3, fixando-se no final dos primeiros nove jogos da prova no segundo lugar da tabela, com 17 pontos, menos um que o líder Atlético. Isto, já contando os três pontos que foram suprimidos aos serranos por utilização irregular de um atleta no jogo frente ao Oliveira do Hospital, que os leões da serra tinham ganho, que dariam a liderança isolada ao emblema serrano.

No sábado, numa tarde de muito mau tempo, campo pesado, chuva e vento, o Covilhã até entrou bem na partida, frente a um adversário muito experiente neste escalão (que eliminou, no ano passado, o Covilhã da Taça de Portugal e obrigou o Benfica a ir a penáltis). Nos primeiros 15 minutos, por duas vezes, os serranos estiveram perto de marcar, primeiro por Traquina, e depois, na mesma jogada, por Elijah e Gildo, mas o que se seguiu foi eficácia caldense. Numa das primeiras aproximações à baliza defendida por João Gonçalo, o Caldas ganhou um canto, e na sequência do mesmo, marcou. Canto, bola na trave, e na recarga, Eduardo Monteiro a fazer o primeiro, aos 20 minutos. Ainda o Covilhã se estava a refazer do tento sofrido, e já estava a sofrer o segundo. Transição rápida, com a bola a ficar, na área, à mercê de Miguel Rebelo que atirou rasteiro, e colocado, para o fundo das malhas. O Covilhã tentou reagir, sem grande arte, e até ao intervalo, os forasteiros conseguiram controlar a vantagem sem grandes dificuldades, diga-se.

Chico Cardoso a dar cartas

No segundo tempo, com um campo ainda mais pesado, a atitude dos covilhanense foi diferente. Muito. Mais raça, mais querer, e alterações na equipa que surtiram efeito. Desde logo a saída do apagado Rodrigo Ferreira, e a entrada de Francisco (Chico) Cardoso, que acabaria por ser o homem do jogo. Logo aos 48 minutos, o avançado recrutado ao Portimonense, com um remate espontâneo, na entrada da área, reduziu a desvantagem. Acreditava-se que o Covilhã teria tempo para virar a partida, mas aos 61 sofreu “novo soco no estômago”, quando numa arrancada de João Rodrigues, o Caldas fez o 1-3, por Lucas. Com meia-hora para jogar, e dois golos de desvantagem, pensou-se que os covilhanenses iriam claudicar em casa. Alex Costa, sem nada a perder, arriscou. Refrescou a lateral esquerda, com a entrada de José Pereira, e meteu mais um homem na área, ao lado de Chico Cardoso e Elijah, Paulo (Paulinho) Campos.  O Sporting começou a jogar mais directo, e foi feliz. Aos 77 minutos, um livre bem medido por Traquina, na direita, caiu ao segundo poste onde Paulo Campos, de cabeça, desviou certeiro para o fundo das redes. Quatro minutos depois, o empate. Jogada na esquerda do ataque covilhanense, cruzamento de José Pereira e Elijah, na pequena área, mais alto que toda a gente, a cabecear com êxito à baliza de Diogo Garrido (que no aquecimento substituiu Wilson Soares).

Com o público empolgado no Santos Pinto, a equipa acreditou até final, e já nos descontos, aos 94 minutos, foi feliz. Saída pela direita do ataque, cruzamento de pé esquerdo de Zé Tiago e Chico Cardoso, com um excelente gesto técnico, de cabeça, a fazer o quarto golo dos leões da serra. Que dedicaram a vitória ao presidente do clube, José Mendes.

No próximo domingo, para a 10ª jornada, o Covilhã recebe no Santos Pinto, às 15 horas, o Pêro Pinheiro, antepenúltimo. Na primeira volta, os serranos venceram fora, em Sintra, esta equipa por 0-4.

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