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Renovar para ajudar melhor

Criar um espaço cómodo e familiar foi o objetivo das obras de renovação do centro de operações da Refood na Covilhã. Próxima meta é comprar uma carrinha para recolha de alimentos

Verificamos a necessidade de melhorar o espaço”. É assim que Marta Alçada Bom Jesus, membro da equipa de gestão da Refood e uma das fundadoras da organização na Covilhã, justifica as obras realizada no centro de operações desta entidade, que consistiram na substituição do piso, pinturas, melhoramentos e na aquisição de novos frigoríficos. E que foram apresentadas no passado sábado, 9.

“O piso ainda estava em cimento. É muito difícil vir à noite a chover para um espaço de uma garagem e prestar serviço de voluntariado”, refere a voluntária, dizendo também que estas obras são importantes para que quem colabora se sinta em casa e tenha gosto em fazer voluntariado.

Além da participação de várias empresas do concelho, que ajudaram a renovar o espaço, a organização também recorreu à fundação “La Caixa” do Banco BPI que comparticipou com seis mil euros para a aquisição dos novos frigoríficos.

Segundo Marta Alçada Bom Jesus, um dos próximos objetivos da Refood Covilhã é adquirir uma viatura para as rotas de recolha dos alimentos. “As vezes perguntamos se querem ser voluntários e dizem ‘ah, mas aumentou o combustível’. São os próprios voluntários que pagam do próprio bolso para fazer a recolha”, diz.

Pedidos de ajuda crescem

Os beneficiários, esses, têm aumentado e ainda há pessoas em espera. A perda de emprego e do poder de compra são as razões mais apontadas para a procura da organização como forma de ajuda, de acordo com a voluntária. “Neste momento são 44 famílias que estamos a ajudar e todas as semanas chegam-nos fichas de inscrição”, revela Marta Alçada Bom Jesus, sendo que famílias com crianças “têm prioridade”. “Felizmente, as fontes de alimento, que são os restaurantes que nos têm ajudado compreendem o nosso trabalho e às vezes, quando não têm para nos dar, até fazem comida de propósito porque sabem que vamos lá”, acrescenta.

Atualmente, o núcleo da Refood na Covilhã tem cerca de 150 voluntários. Marta Alçada Bom Jesus aponta isso como “um grande sentido de comunidade”. “As pessoas na Covilhã são muito solidárias e às vezes não ajudam mais porque não sabem como”, afirma.

“É tão importante o nosso papel aqui, que faz a diferença. Só ver o sorriso no rosto de um pequenino que ajudamos e que vemos na rua passados uns anos e nos diz que fizemos a diferença na vida dele, é mágico e transformador”, salienta Marta Alçada Bom Jesus.

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