Procurar
Close this search box.

Revolta no adeus da Desportiva frente ao Benfica

“Quando dois não querem, um clube, uma cidade e uma região, não dançam.” Foi com esta frase, na sua página no Facebook, que o técnico da Desportiva do Fundão, Nuno Couto, se referiu à derrota da sua equipa, no passado sábado, no segundo jogo das meias-finais do play-off, por 3-2, frente ao Benfica. Numa clara alusão à dupla de arbitragem, que foi alvo da contestação dos fundanenses, que a um minuto do fim venciam no pavilhão da Luz por 1-2.

No final, em lágrimas, Couto expressou à RCB toda a sua revolta, com a derrota que afastou os fundanenses de um terceiro jogo e, quem sabe, da luta pelo título nacional. “Hoje foi uma vergonha. Sentimos que era impossível para nós, hoje, ganhar o jogo. Hoje fomos claramente empurrados para fora do terceiro jogo, pois hoje o Fundão foi melhor” disse o técnico fundanense.

E foi. De facto, depois de ter perdido em casa a primeira partida, em casa, à Desportiva restava, na segunda partida, ganhar, mesmo que fora de portas, para forçar a um terceiro e decisivo jogo. E foi a Desportiva a entrar melhor, com Nem, logo no minuto inaugural, a desperdiçar uma boa oportunidade. O Benfica respondeu aos cinco minutos. Com um golo. Lance colectivo bem delineado, com a bola a chegar aos pés de Robinho, na esquerda, e este a solicitar do lado contrário, ao segundo poste, Fábio Cecílio, que só teve que encostar para o fundo das redes à guarda de Luan. O Fundão, que desde muito cedo ficou tapado com faltas, nunca se deu por vencido e, aos 9 minutos, teve o primeiro lance que causou revolta. Filipe Leite recebe a bola de costas para a baliza, roda, escapa-se a Robinho, que o agarra, mas remata no preciso momento em que o árbitro apita a falta, não dando lei da vantagem. Só que a bola entra na baliza de Roncaglio, num lance que podia ditar o empate. “A dualidade de critérios foi evidente” disse Couto no final, lembrando que a lei da vantagem foi quase sempre dada aos encarnados, e aos fundanenses, não, pela dupla de arbitragem constituída por Filipe Duarte e Nuno Pereira. Até final da primeira parte, as duas equipas tiveram oportunidades de golo, mas marcador não se voltou a alterar.

Duas faltas assinaladas

Na segunda parte, o Fundão veio ainda melhor. E a dominar completamente a partida. E aos 27 minutos, o empate. Boa jogada colectiva, com Filipe Leite, descaído sobre a direita do ataque, a rematar forte e cruzado para o fundo da baliza dos encarnados. A equipa de Nuno Couto continuou a pressionar, à procura da reviravolta, e acabou por consegui-lo, aos 34 minutos. Jogada de insistência de Mário Freitas, na direita, com remate forte que desvia num defensor contrário e trai Roncaglio. O Benfica reagiu, aos 37 minutos mandou uma bola ao poste, por Jacaré, até que, a pouco mais de um minuto do fim, o lance da polémica. Mário Freitas perde a bola para Robinho, tenta agarrá-lo, mas este prossegue e acaba por perder a bola numa suposta falta de Meira. Os árbitros marcam duas faltas no mesmo lance, a Desportiva atinge assim a quinta e sexta falta, o que leva Arthur para um livre de dez metros, que não desperdiça. “Atrevo-me a dizer que se o Fundão tivesse três faltas o árbitro teria marcado três no mesmo lance, as possíveis para poderem finalizar” aponta Couto. Bola ao meio, e a 30 segundos do fim, Ivan Chishkala a fazer um grande golo, num remate indefensável para Luan.

“Se no primeiro jogo concordo com o resultado, porque quem não faz golos não ganha, hoje o sentimento é de revolta, injustiça e impotência” frisa Couto.

(Notícia completa na edição papel)

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2021 Notícias da Covilhã