Que possam dar “alegria, cor e entusiasmo às nossas gentes”. Era este o desejo deixado pelo presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, quando foi confirmado o regresso das Marchas Populares da Covilhã, que se iniciam no sábado, 18, às 21 horas, após dois anos de paragem “forçada” face à pandemia provocada pela covid-19.
No sábado, na primeira “ronda” do evento, os grupos participantes irão desfilar entre o Campo das Festas e o Pelourinho. No sábado seguinte, dia 25, o desfile é no Complexo Desportivo, numa iniciativa que conta com seis grupos: Águias do Canhoso, Oriental de São Martinho, Junta de Freguesia do Tortosendo (primeira participação), Académico dos Penedos Altos, Vitória de Santo António e Grupo Desportivo da Mata.
Segundo José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do Associativismo, está prevista a participação de 700 a 800 pessoas nas Marchas Populares, entre quem desfila, as bandas que acompanham e quem ajuda na elaboração dos arcos, confecção das roupas e restante logística.
Para o presidente do município, Vítor Pereira, a retoma do evento vem “dar um suplemento de energia, de ânimo”. O autarca considera tratar-se de uma iniciativa “enraizada na nossa tradição cultural” e frisa ser importante nesta altura, “depois destes períodos sombrios, negros, com que nos temos deparado nos últimos tempos”.
“Penso que estão reunidas as condições para termos umas Marchas razoáveis para este recomeço”, refere Elias Riscado, presidente da Mata e co-responsável pela organização.
Questionado sobre o desejo manifestado em 2019, de alargar as associações participantes a mais freguesias, o presidente da Câmara da Covilhã vincou que “o ideal seria que estas Marchas tivessem uma participação mais abrangente, mais numerosa e massiva”, mas ressalvou o período pandémico que se atravessa há dois anos, e que dificulta atingir esse objectivo. Vítor Pereira diz que, embora o novo coronavírus não tenha desaparecido, os casos não são agora tão nefastos como antes da existência das vacinas e acrescenta que ser um evento realizado ao ar livre “dá mais conforto”.
O presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, Carlos Martins, que vai atribuir um apoio às marchas da sua área de abrangência, a decidir na próxima reunião do executivo, elogiou os envolvidos e o regresso do evento. “As Marchas são a grande manifestação cultural, recreativa e de lazer que se realiza na Covilhã”, considera o autarca.
O município atribui uma ajuda de quatro mil euros a cada colectividade, num total de 24 mil euros.