Sanatório em processo de classificação nacional

Procedimento está em fase de consulta

O antigo Sanatório dos Ferroviários, atual Pousada da Serra da Estrela, do Grupo Pestana, na Porta dos Hermínios, na Serra da Estrela, vai ser um edifício classificado, por proposta do Património Cultural I.P., tutelado pelo Ministério da Cultura.

O anúncio foi publicado em Diário da República no dia 29 de maio e decorre agora o período de consulta.

Os interessados podem “reclamar ou interpor recurso hierárquico do ato que decide a abertura do procedimento de classificação, nos termos e condições estabelecidas no Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da possibilidade de impugnação contenciosa”.

O antigo Sanatório foi desenhado por Cotinelli Telmo e foi mandado construir pela Comissão Administrativa dos Sanatórios para Ferroviários Tuberculosos, num terreno situado na Mata da Covilhã, doado pelo Estado.

Edificado entre 1928 e 1936, o Sanatório só foi inaugurado em novembro de 1944, “compreendendo um imponente conjunto de planta em V, num volume bastante alongado e estreito, cuja implantação se relaciona diretamente com a orientação solar mais conveniente às suas funções terapêuticas”, segundo o instituto Património Cultural.

O edifício deixou de ter as funções para o qual foi construído em 1969 e, a partir de 1975, albergou centenas de pessoas das antigas colónias que vieram de Angola e Moçambique na fase final da ponte aérea.

Em 1990 foi comprado, por um valor simbólico, pela Empresa Nacional de Turismo (Enatur) S.A. para o reconverter numa unidade hoteleira de quatro estrelas da rede de Pousadas de Portugal, gerida pelo grupo Pestana, com projeto do arquiteto Eduardo Souto Moura.

O edifício esteve vários anos abandonado, o processo teve muitos avanços e recuos e as obras da nova unidade hoteleira só começaram em 2011 e o hotel abriu em 2014.

O Departamento dos Bens Culturais anunciou também a abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional do conjunto constituído pela Estância de Montanha das Penhas Douradas, em Manteigas e Gouveia.

A documentação pode ser consultada nas páginas oficiais dos municípios abrangidos (Covilhã, Gouveia e Manteigas), na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centre (CCDRC) e no Património Cultural.

“O conjunto em vias de classificação e os imóveis localizados na zona geral de proteção – 50 metros contados a partir dos seus limites externos – ficam abrangidos pelas disposições legais em vigor”, é referido em Diário da República.

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