É um dos grandes destaques da programação da 16ª edição do Festival de Dança e Movimento Contemporâneo, o Contradança, organizado pela ASTA- Teatro e Outras Artes. Depois da parede da igreja de Santa Maria, na Covilhã, em edições anteriores, será a parede da Sé Catedral da Guarda a receber, esta quinta-feira, 18, às 22 horas, um espetáculo de dança vertical protagonizado pela companhia argentina Amor Eterno.
A edição do festival, que já se iniciou, volta a ter a Guarda como palco principal, com sete espetáculos (um decorreu ontem) e também, hoje, quinta-feira, 18, às 18 horas, na Praça Velha, um debate sobre Programação Cultural no Interior com intervenção dos programadores Carla Morgado (Teatro Municipal da Guarda), João Cunha (Teatro Municipal de Bragança) e Rui Eufrázia (Teatro Cine de Gouveia). Ainda hoje, às 23 horas, pode ver o projeto de fusão entre música experimental e etnográfica “Inventários”, protagonizado por Henrique Vilão e Margarida Geraldes, com produção da ASTA, também na Praça Velha.
O Contradança decorre até outubro. Na Guarda pode ver ainda amanhã, sexta-feira, 19, às 21:30 na Praça Velha o espetáculo de circo contemporâneo “Yugen”, dos espanhóis “La Banda”, e uma hora depois, no mesmo local, um concerto para vozes femininas protagonizado pelos portugueses “A Cantadeira”. No sábado, 20, o Ballet Contemporâneo do Norte apresenta, às 21:30 no TMG o espetáculo de dança “Eurodance”, com o festival a viajar depois até Gouveia, onde serão apresentados três espetáculos, no Teatro Cine, juntamente com uma exposição.
O encerramento do Contradança acontece nos dias 8 e 9 de outubro, no Teatro Municipal da Covilhã, cidade da qual a ASTA é originária, com dois espetáculos: a performance “Nácar”, de Bruno Senune, e dança com “Uivo”, de Maria João Costa Espinho.
A ASTA salienta que este é um festival com uma base artística sólida, “um espaço comum onde a palavra-chave é o movimento contemporâneo, onde a dança, a performance, o teatro, o circo contemporâneo, as artes e a música se combinam e conjugam.”
“O festival tem como objetivo promover e desenvolver as várias formas de expressão artística contemporâneas na região. É um espaço onde novos artistas e projetos embrionários encontram visibilidade e oportunidade de divulgação, juntando criadores consagrados e emergentes. Desde a primeira edição do festival (2006) continuamos a desbravar caminho para a criação contemporânea, no Interior do País. Projetos que conquistam públicos nas grandes cidades tardam a chegar à região, alguns deles nunca chegam a pisar o solo do Interior”, frisa a companhia covilhanense. “O festival pretende chegar a uma população que queremos mais desperta para espetáculos inovadores e capazes de despertar o sentido estético das gentes do Interior” salienta.
Um dos principais objetivos da iniciativa, da qual o NC é parceiro, é “desmistificar as artes contemporâneas numa aproximação ao público, fazendo-o sentir-se o elemento mais importante e estimulá-lo, porque não, para uma futura intervenção nos processos criativos” defende a organização.