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Será das fardas?

Dos últimos 12 presidentes, apenas quatro não vestiram o uniforme

Há uma espécie de “fetiche” pelas fardas. Será desejo será paixão,     será ardor será amor… silêncio ao passar, porque o traje tem andar.       As sociedades machistas como a nossa, colocam a atracção do lado das mulheres, os tempos estão de feição às mudanças, e estou em crer que haverá homens abalados pela presença de um furriel-miliciano. Ou seja, é um sentir, se assim lhe podemos chamar transversal a todos os géneros. Uma certa vontade, um olhar maroto quando passa um homem, uma mulher de uniforme. Mas será que todas as fardas despertam esse rubor nas faces? Terá o bombeiro a sorte de um militar de carreira?     Por muito que relumbre o seu machado à cintura, seja ele voluntário, seja sapador, não brilhará, estou certo, do mesmo modo que um major-general empinado nas suas guerreiras condecorações. Ou até mesmo de um oficial de polícia. Desde sempre. Claro que esta segunda pele tem de vestir elegância, glamour, e um envergar emproado para que aspire a “vistoria”. Bom… talvez não seja assim tão evidente, e dependa do contexto, ou da ocasião.

No momento deste débito, há o mesmo senhor de farda a suscitar atenções. E emoções. De novo. Há muito que o faz, desde que de seringa em punho desatou a vacinar os portugueses. Foi tudo a eito, e foi vê-los a todos, homens, mulheres e outros géneros, a arfar perante a sua passagem. Por quem sois, senhor almirante?! Será o comandante de frota, capaz de levar o navio a bom porto? Dizem por aí nos “metideros” da política, e já foram efectuadas pesquisas a propósito, que Henrique Gouveia e Melo é o “dono da arma” e o homem por quem mais se suspira para a cadeira de Belém. Será? Por que será que de quando em vez precisamos de sentir a autoridade, de voltar à presença austera de um chefe empunhando o seu lindo bastão de comando?! Que secreto desejo o nosso, não nos bastaram Cabeçadas Júnior, Gomes da Costa, Óscar Carmona, Craveiro Lopes e Américo Tomás, a seguir ao golpe militar de 26 e durante o Estado Novo? Não nos foram suficientes António de Spínola, Costa Gomes e Ramalho Eanes após a instauração da democracia em Abril de 74? Será da atracção pela farda, ou faz-nos falta algo mais? Nos últimos 100 anos, apenas quatro presidentes não vestiram o uniforme. Dois socialistas e dois social-democratas. Cá vamos nós, do 80 ao 8… de um civil que tem sempre muito que contar e abusa do “comunicar em qualquer momento” a um militar de silêncios, que não gasta palavras, e fará do país uma enorme parada e dos portugueses um grosso corpo de “fuzas”. Bem fardados, claro está. Será?

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