O mercado doméstico está a escolher, como destino preferencial para a passagem de ano, as unidades hoteleiras horizontais, enquadradas na natureza, revelou na terça-feira o presidente da entidade regional Turismo do Centro, Pedro Machado.
Pedro Machado indica que esta é uma tendência que se verifica no Centro de Portugal e que foi “trazida pela covid-19”. “A atractividade dos centros urbanos estava muito concentrada nas festas de passagem de ano organizadas, mas a esmagadora maioria, para não dizer 99 por cento, estão canceladas. Como não faz muito sentido viajar para ficar nos quartos, a covid-19 trouxe outra tendência”, refere. De acordo com o presidente da Turismo do Centro, a necessidade de apresentação de testes negativos à covid-19 cumulativamente com os certificados de vacinação, bem como a ausência de festas organizadas, tem um efeito dissuasor nos portugueses que aproveitavam esta altura do ano para passar a passagem de ano fora. “Ainda assim, muitas famílias aproveitam os estabelecimentos hoteleiros que estão bem enquadrados na natureza e têm proximidade com o factor neve. Isso cria-lhes uma alternativa em relação aquilo que era a passagem de ano convencional”, acrescenta.
Assim, para a passagem de ano, a Serra da Estrela tem sido um dos destinos mais procurados. “Estamos com muito bons resultados na Serra da Estrela, temos indicação de hotéis com 100 por cento de reservas, pois tem uma aptidão natural por ser um destino de Inverno, com neve. Também um pouco da Serra da Gardunha e toda a parte associada ao Interior, de passagem da Serra da Estrela para a Beira Baixa, onde existem muitas unidades de turismo em espaço rural”, revela.
Recorde-se que, tal como o NC noticiou no início do mês, na Serra da Estrela já havia por essa altura unidades hoteleiras com a capacidade esgotada e outras já com elevadas reservas para o período do ano novo.
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