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Silo do Sporting sem data para reabrir

Município diz que empresa não apresentou calendarização

O estacionamento subterrâneo do Sporting continua sem data prevista para reabrir e a Câmara da Covilhã vai avançar para o lançamento do concurso público para a realização das obras, depois de em janeiro o presidente ter informado que, para agilizar o processo, seria a empresa concessionária a fazer a intervenção, paga pelo município.

Na reunião pública do executivo realizada na sexta-feira, 22, Pedro Farromba, vereador da oposição, questionou a maioria sobre o ponto de situação e Serra dos Reis, que presidiu à sessão, deu a palavra ao diretor do Departamento de Obras e Planeamento, Jorge Vieira, que explicou ter sido dado um prazo até àquele dia à MoviCovilhã para que apresentasse a calendarização dos trabalhos e a data de abertura do silo, ou seria o município a avançar com o procedimento.

“Se eles até hoje [dia 22] não nos responderem com um calendário da execução dos trabalhos, e a indicação da data previsível de abertura do silo, segunda-feira iremos nós propor a abertura do procedimento de concurso público para ser a Câmara a executar as obras”, adiantou o técnico.

Segundo Jorge Vieira, a autarquia notificou em novembro a empresa concessionária do sistema de mobilidade da Covilhã para executar os trabalhos, de forma a acelerar o processo, uma vez que vários concursos estavam a ficar desertos, havia urgência na intervenção e o contrato previa essa possibilidade, mas acrescentou que a MoviCovilhã nunca comunicou o calendário previsto.

“Aquilo que para nós era uma perspetiva de atraso de contratação e execução das obras acabou por se revelar na mesma um atraso na falta de resposta da concessionária relativamente a este assunto”, lamentou Jorge Vieira.

Perante as atuais circunstâncias, e mais de um ano depois de a concessão ter entrado em funcionamento, o técnico afirmou não saber quando o silo vai reabrir ao público.

Jorge Vieira sublinhou que o equipamento não abriu antes “porque não tinha a parte da segurança contra incêndios licenciada nem estavam feitas as intervenções necessárias para pôr o silo de acordo com os requisitos aplicáveis”.

Depois de ter sido feito o projeto, percebeu-se que o orçamento era “substancialmente superior” ao inicialmente previsto.

O vereador Pedro Farromba, eleito pela coligação CDS/PSD/IL, voltou a manifestar preocupação por o contrato de concessão prever a exploração desse silo, que não está a funcionar, e com a eventualidade de a empresa utilizar esse subterfúgio para aumentar o número de lugares tarifados à superfície, para compensar essa receita.

Na anterior reunião o eleito tinha chamado também a atenção para essa possibilidade, ou de a concessionária poder vir a reclamar uma indemnização, uma vez que apenas os parques subterrâneos da Praça do Município e da Estação estão a funcionar.

A MoviCovilhã começou a operar em 2 de fevereiro de 2023 e a concessão tem uma duração de dez anos, durante os quais a Câmara da Covilhã pagará 9 milhões e 170 mil euros, mais o Imposto de Valor Acrescentado (IVA).

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