“À pala da pandemia da saúde, há muita gente enriquecer, mas em contrapartida há muitos milhares de trabalhadores na miséria e a passar fome”, alertou o coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, Luís Garra, na tarde da última sexta-feira, 26, durante a tribuna pública em frente à Segurança Social da Covilhã, onde vários representantes sindicais manifestaram as suas preocupações.
Depois de vários intervenientes terem sublinhado as dificuldades vividas em cada sector, Luís Garra reiterou as críticas feitas, para censurar as empresas que aproveitaram “a confusão inicial” do Governo na atribuição de apoios para despedirem e só depois recorrerem ao lay-off, “já com a mesa limpa” e sem que a obrigação de não poderem despedir durante dois meses após a suspensão dos contratos de trabalho os afectasse.
“Foram milhares de trabalhadores atirados para o lay-off com perda de rendimento”, acentua o sindicalista, que chama a atenção para os “grandes grupos que, entre aquilo que não pagaram aos trabalhadores (porque apenas pagaram um terço, a Segurança Social paga dois terços), o que não pagaram à Segurança Social (23,75 %) e o salário mínimo que vão receber no final do lay-off por cada trabalhador”, ainda lucram.
Luís Garra dá o exemplo de uma empresa com mil trabalhadores que, no primeiro mês de lay-off, acumula, entre o que não paga e o que recebe, um milhão de euros.
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