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Só Santo André não ajuda a andar a pé

Goldra, Jardim e funicular de São João estão a funcionar. Falta o de Santo André. Utilizadores dizem que faz falta, pois facilita trajetos a pé. Autarquia reconhece razão aos utentes, mas admite dificuldade em encontrar peças para manutenção

“O Funicular de São João dava-me jeito quando tinha de apanhar o autocarro para a Vila do Carvalho na Garagem de São João. Mas funcionou muito poucas vezes, estava sempre avariado. Eu acabei por desistir e ia sempre a pé”, conta Lara Esteves, moradora na Vila do Carvalho, acerca dos elevadores da cidade. Hoje, os elevadores da Goldra, do Jardim Público e ‘do Rodrigo’ (funicular) encontram-se em funcionamento. O elevador de Santo André continua avariado.

“Costumava usar quase diariamente o elevador da Goldra quando ia da faculdade para casa, pois permitia que o trajeto fosse mais pequeno. O facto de estar a funcionar facilita bastante a ida até ao centro para quem mora na ‘zona nova’ da cidade”, diz Mathilde Amaral, estudante da UBI. “No entanto, também utilizava o elevador ‘dos leões’ [de Santo André] e era um dos elevadores que achava essencial para a cidade. Acho que o facto de estar avariado há tanto tempo, causa transtorno a muitos covilhanenses porque não nos permite deslocarmo-nos de forma simples e rápida pela cidade”, opina a estudante de 23 anos.

Ângelo Oliveira explica que costuma utilizar os elevadores do Jardim Público e da Goldra. “Este ano só andei uma vez no elevador da Goldra, porque de resto, estava sempre avariado”, repara o jovem. “Tive uma amiga que entrou nesse elevador [da Goldra], desceu, a porta não abriu e ela teve que voltar para cima e ir a pé pelas escadas”, lembra. Ângelo também nota que, ou as portas não abrem, ou os botões não costumam funcionar. “Construíram as escadas na Goldra que também são uma alternativa, mas acho que não é viável para pessoas de mais idade”, lamenta. Apesar disso, o jovem considera que os elevadores são “uma mais valia” para quem anda a pé.

Já Paula Ascensão, de 45 anos, garante que os elevadores “dão-me muito jeito quando estão a funcionar, porque vivo na parte de baixo da cidade e são uma forma rápida de chegar ao centro, sem esperar tanto tempo pelos autocarros”, começa. “O problema é que estão quase sempre avariados, chegamos à porta do elevador e temos que voltar para trás e vir a pé porque estão fechados e temos que dar voltas muito maiores”, termina.

Rosa Fazenda, 69 anos, revela que prefere não utilizar os equipamentos. “Eu tenho muito medo de entrar nos elevadores, porque conheço pessoas que ficaram lá trancadas e passaram mal, as situações foram complicadas. Por isso, prefiro não utilizar”, conta.

Na sessão pública de Câmara da passada sexta-feira, 21, Vítor Pereira falou do assunto. O presidente começou por dizer que as pessoas queixam-se da manutenção dos funiculares e elevadores “com razão”, mas “é preciso que funcionem com segurança”. O autarca explicou que as peças de arranjo dos equipamentos nem sempre estão em stock e são muito difíceis de conseguir. Nas palavras de Vítor Pereira, “leva mesmo uma eternidade”, daí terem incluído os elevadores no sistema de mobilidade a ser gerido pela concessionária. Mesmo assim, o autarca garantiu que “nenhuma câmara está preparada para manter um sistema de elevadores como a Covilhã tem” e, quando tudo estiver a funcionar, irão existir erros na mesma, que “irão sendo corrigidos”.

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